segunda-feira, 31 de março de 2014

Tópicos de Trabalho Intelectual.

Eu já aceitei minha inveja pelo reconhecimento que nunca tive, e que estes artistas têm, o que não significa que eu vá ouvir essas obras primas.

Ojeriza ao trabalho intelectual, vão passar a vida carregando pedra. (e, mesmo assim, ganhando mais dinheiro do que eu).

Se a mídia começar a valorizar o trabalho intelectual, todo mundo começará a perceber o quanto é roubado em bens simbólicos, e acaba a farra! Dinheiro é assunto muito sério, e criatividade é dinheiro hoje. Melhor ninguém perceber o valor disso. E formadores de opinião das comunidades submissas estão atentos para conduzir seus rebanhos. Pelo menos, os evangélicos são explícitos nessa prática. A grobo faz o mesmo, mas o faz na surdina.

Tudo bem, internamente, o trabalho intelectual tem valor, externamente, ela oculta esta realidade, avilta o valor do trabalho intelectual. Isso é suspeito, pra dizer o mínimo. Ninguém obriga ninguém a trabalhar nela. Tem quem goste. Eu não trabalharia lá, nem que me pagassem.

Eu entendo, mas já dividi muito, e assisti muita gente enriquecer suas economias às minhas custas, talvez seja melhor levar tudo para o caixão, como quando a laranja está com os preços em baixa, e os agricultores as jogam fora na tentativa de elevar tais preços, porque prejuízo por prejuízo, truco.

Engraçado que nunca me disseram o que realmente tinha valor naquilo que eu fazia.

Tem também o desprezo pelo trabalho moral e pelo trabalho intelectual, com exacerbação do valor do trabalho físico sobre os outros.

Cara, que critério esdrúxulo esse da justiça! Por isso que eu acho que a Convenção de Berna perdeu a validade... Me refiro à proibição de matérias jornalísticas sobre o PiG Phoder Brasil 14.

Desprezo pelo trabalho intelectual de quem não pertence à classe média. Direito autoral é direito de rico para rico, quem é pobre será sempre espoliado e desapropriado. Este é o segredo da indústria cultural.

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E agora que publicidade é informação vamos lhe entupir de vinte minutos de porcarias comerciais.

terça-feira, 18 de março de 2014

Negro.

Três coisas que eu aprendi, mas não têm valor.

1. Aprendi a observar a direção de minha atenção, observar o movimento que ela faz em direção a algo, e como age minha dispersão. Um passo antes do foco.
2. Aprendi a usar minha visão periférica para observar a direção do mundo, e para onde vão os símbolos, de como eles se transmutam e como eles me atraem.
3. Aprendi que profundidade é fôlego e fôlego é profundidade. O segredo do precipício é ser tão profundo quanto ele.

Chamem-me de corpo negro.

segunda-feira, 17 de março de 2014

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Que sentimento é estar completamente apaixonado por absolutamente ninguém?

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Importante é Fazer.

Fez história. Fez história. Fez história. Fez. Fez. Fez. Fez. Fez. Enfim, são tantas fezes que até fede. Obra-obra. Obra-obra. Obraram.

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quinta-feira, 6 de março de 2014

O que é o Contemporâneo?

olho que olha e tudo perscruta
vê a escuridão na luz
e a matéria desconhecida
a matéria do vazio...
tão transparente que é negro
e troca de dimensões
como que troca de roupas
a positividade está morta
e os espectros se materializam
em milhões de sujeitos
dessubjetivisados
matéria dura da realidade
que rasga o caminho
e abrolhos todos
assim assim assim
sim reter algo
e sobreviver
os dispositivos derraparam
as correntes se partem
os controles e as garantias
nada mais garantem
ou controlem
economia casa gestão
poder política e o precipício
entre o que pensa
e o que faz
tudo falhou
e bailaram nessas curvas
um pouco de revolução
é mais transformadora
da economia dos símbolos
do que as imagem de elétrons
que pupilam em nossas vistas
e nos fazem dormir
a ruptura completa
só o selvagem
o bárbaro
a reiterar uma reprise
tava durumindo
Cangoma me chamou
vê-se levanta povo
cativeiro se acabou.

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Não sei se é este mesmo sofrimento que eu sentia há cinco anos atrás, mas de maneira mais transitiva.

domingo, 2 de março de 2014

TV.

Neste núcleo familiar isolado e depredado pelo social, todos assistem muita televisão esperando aprender como a sociedade produz riqueza. Oras, a televisão nunca irá revelar esses segredos. Ela existe precisamente para escamoteá-los. A revolução não será televisionada. Capiche?

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