terça-feira, 5 de julho de 2011

hai kai (três)

o inverno se parece com o inferno,
só que menos amarelo

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a terra

talvez esteja acabando
talvez eu esteja errando
todo mundo erra

a vida, chegou a vez de tirar o valor desta
é melhor investir em bombas
uma pergunta nos resta
quem se alimenta de bombas?

mesmo a vida sendo a flor
que homens estão a menosprezar
abrirão outra flor para um jardim queimar
mal sabem eles que a sua flor também irá murchar
acenderão uma luz para outra apagar?
derrubam muros mesmo tendo que outros levantar?

muros da ciência derrubados
porém, muros do amor reconsolidados
comendo a maçã
eles esquecem a própria irmã

o jornal comenta
o oriente está lutando
isto é a dose lenta
do que está nos esperando

não quero instituir o medo,
mas haverá esperança?

nem tirar conclusões muito cedo,
mas haverá mudança?

estamos presos em lodo,
mas haverá fiança?

talvez possam se comover
talvez nas lágrimas de uma criança
mas onde está deus?
providenciando sua mudança daqui

pode não ser esta a verdade
mas só eu não posso mudar o mundo
só que posso dizer o que sinto
que está tudo imundo

mas espero que este grito louco, triste, porém sincero
possa fazê-los ver quem pode mudar o mundo
senão não haverá esperança
senão será tarde demais
(meu pêsames, FDPs)

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na morte (ii)

não olhes pra trás
pois tua vida assim não será garantida
não entres, mas se entrares
não saia, não poderás, e o odiarás
o mais profundo ódio está nele
se tentares reagir morrerá
e se tentares ajudar também
prestes atenção no que vês
para que nunca mais vede de novo
tu sabes, talvez, do que estou falando
mas esquece esses pensamentos doentes
e viva para e a favor do bem
senão seu fim será hediondo e tétrico
e trás o mesmo fim que ele

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na morte

não sei quando entrei nela
sei que já estou nela
pois já estou sentindo maravilhas
pois já estou ouvindo os sons do silêncio
pois já estou vendo as cores da escuridão
pois já não estou sentindo nada e
a vida para mim agora é só uma
sombra do passado e que por minha
vontade será esquecida
não sei o que foi
mas foi o jogo que eu joguei
o preço que eu paguei
e as chances que desperdicei
nunca mais a terei de novo
por sorte ou azar meu
nunca a terei de novo
mas espero ser feliz aqui

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era uma vez um porquinho

era uma vez um porquinho
sabia qual era seu lugar
mas não se contentava em sonhar
não se contentava com seu lugar
achava que havia algo errado
e lutava contra o destino traçado
sentia falta em seu peito de algo arrancado
era como um passarinho
que queria mais que voar
queria mais do que lhe foi dado
mas sabia que era tudo jogo arranjado
mas sabia que era tudo jogo arranjado
observava os outros porcos
enxergava a felicidade que possuíam
achava que tinha menos do que tinham
queria apenas mais do que eles queriam
e seu querer era era só amor
sentia sozinho assim sua dor
que era dor de amor
se entristeceu pelos outros porcos
felizes pelo amor que possuíam
mas o que possuíam não era amor
mas era nojento materialista e sem pudor
mas era nojento materialista e sem pudor
teve vontade de tudo abandonar
todas as pessoas e seu lar
não haviam pessoas para amar
pois amor as pessoas não queriam
sabia que disso elas até riam
e sua imagem distorciam...
de muitas formas
amando uma vez
desejando muitas vezes estar amando
estava triste por sua condição
as pessoas não tinham sensibilidade
para reconhecer um amor de verdade
e de algo que não conheceu, sentiu saldade

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portas fechadas

dias e dias com fome
as terras alimentam máquinas
as máquinas se alimentam de fome
e nós construímos as máquinas
hoje, se alimenta a máquina e não o homem

no fogo da fornalha se vê o amor da vida
a fábrica parece o inferno
ela e sua fornalha
o amor maior da sobrevivência
está no dia a dia da fábrica
e a morte que mata aos poucos
está na fábrica
a vida vivida sem sabor
está na fábrica

mundo sem sentido onde
se dá valor ao não sofrido
ao não-lutado
e quem luta pela sobrevivência
é explorado pelo "herói"

portas fechadas, saídas trancadas
não dá pra ficar conformado
não dá pra ficar parado
tiraram os degraus da escada
os famintos ficarão famintos
como mortos-vivos, ficarão mortos

vamos derrubar as portas juntos
vamos fazer tremer os cadeados
quem precisa de você está esperando
sua recompensa virá
com o tempo

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hai kai (dois)

em qualquer canto,
um conto novo,
com um novo encanto

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