terça-feira, 26 de julho de 2011

a revolução dos bichos

Major, você nos disse os seus sonhos
que de tal sabedoria
nos reconstuiria
toda a nossa integridade
e nós, que não sabemos aonde vamos
ao conhecermos os seus planos
nos pusemos a sonhar
nos pusemos a sonhar
e mais, muito mais que um ledo engano
que mudou a nossa história
que verteu sangue e glória
pouco após a sua morte
que sorte! e vieram outros tantos
com tantos sonhos vários
sem sentido, solitários
que só vêm para escravizar
que só vêm para escravizar
esta terra, sofrendo por tolas guerras
massacrada por suas feras
sem dor, sem compaixão
sem dor, sem compaixão
após toda essa tirania
dia e noite, noite e dia
deixando apenas malassombros
e o planeta em nossos ombros
para nunca mais sonhar
para nunca mais sonhar

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sei

sei que nada é eterno
que nada é meu
sei que eu não tolero
meu apogeu mas
hei de ser mais fraterno
e todo seu
sei que este bolero
terno é o mal
de toda a flor do amor
de Deus

vai abelhinha vai
voa avoando voa
vai zunindo voa
abelha zunindo vai

vai
voa
vai

traz de longe a luz
dos olhos dela
vai voando e conduz
o avris das janelas
vai querendo nascer o
calor da terra
vai afastar-me da guerra
com seu ferrão

viu coração viu
véu celeste véu
céu azulão viu
viu coração o céu

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catavento

o tempo te segue todo o dia
o tempo é tua estrela guia
que brilha em teu viver
te faz sentir e poder

meus sonhos estão na distância
como tua suave fragrância
de secretos contos de fadas
soprando as abas que rangem por nada

catavento, catavento vá girando
mostre o caminho que eu vou andando
catavento, catavento corações sedentos
buscando amor e uma chance de voar

não te sinta só e banida
há alguém na multidão
que aliviará tua dor
tirar-te-á do olho do furacão

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versão métrica de windmill do helloween (michael kiske)

dial

shalalá
onde está
se titubiei
não sei se errei
é rei aquele que fala sem pensar
diz, sem calar o coração

shalalá
onde restar
se alcancei
não errei se sei
e saberei que resta meu oxalá
para dizer numa oração

coração sem dono
não sabe como
fazer oração

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sei lá

não é bom que a gente
troque o que se tem
conhecendo a miragem
pelo que se tem
pelo que não se tem
para preencher um vazio
que aquilo que não se tem
levou do que se tem
levou

e que achamos que não se preenche por mais ninguém

não é bom que a gente
sinta aquilo à frente
conhecendo a coragem
que tudo aquilo tem
que com tudo aquilo vem
simesmado no cio
que se ensina a alguém
em-si

e que achamos que não se preenche por mais ninguém

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o quinto elemento

escondeis vossas coisas
ela vem com o fogo
estais esperando ouro
mas virá a lama, o lodo

corrompeis nossas rosas
ela vem com a terra
estais esperando louro
mas virá o terror, a guerra

reconstrueis vossas casas
ela vem com água
estais esperando porto
mas virá o pavor, a mágua

aprendeis nossas rezas
ela vem com o vento
estais esperando outro
pois virá que ama de todo

esqueçais as tristezas
ela virá como vinho
virá cantando como vim,
compreensão amor e carinho

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me rima

que versos agora?
meus olhos sem por quê
as estrelas de lá
me tingem as lágrimas
de luz
de luz
mas é certo o amor
sem motivo de amar
é certo o chorar
é certo que um sonho alegre
virá
como o sol que
impassível atravessa o
manto noturno e faz
tudo claro pássaros cantos
sonhos beijos nós
quem sabe?
eu você nós você eu
você você você!
tudo dia noite dia noite
para sempre sempre sempre sempre sempre
lhe mando um beijo e uma
esperança verde como a relva :*

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quarta-feira, 20 de julho de 2011

polos segregados

você sabia... que tudo foi tudo armação para você?
e você via, via que tudo estava tão bem para mim?
porque nós contamos que
você foi sempre um menino-de-ouro e que
aquilo era pra você nunca perder a luz do olhar

hei, você... conseguiu sempre o que se propôs
e você via que não era apenas de mim que você corria
sabia o tempo todo, mas isto nunca lhe chateava
comandando tocaias, enquanto eu fugia do fio do olhar

uma chuva amena caiu nos telhados na incerteza
pensei em você, e as gotas e todas malícias que você conhecia

e você sabia...

eu nunca pensei que você perderia a luz no olhar

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versão com rigor métrico de "poles apart" do pink floyd

desenho com letras

dentre podres tantos
num tonto coração
estão presentes
máquina capenga para se expressar
que não teve intenção
de não se fazer amar

uma coisa boa o poderia salvar
uma única
que:
o olho por olho levou
longe
muito longe

o dente por dente
comprimiu suas válvulas
doentes
muito mais doentes
ficaste inalcancável
de vez
muito mais que de vez por todas

depois de lido queimado serás!!!

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será que existe inspiração no sonho

na lei do imaginário, quando costurada pela lei do simbólico não deve existir, obrigatoriamente, conflito na apreensão libidinal. logo não precisa existir embate entre o princípio da realidade com o princípio do prazer, e sim: harmonia, equilíbrio. a imagem da virgília é orientada e preparada pela linguagem dos sonhos. é linguagem dos sonhos. é linguagem em construção: olhar. no entanto o pré-consciente desloca e condensa a fantasia e o imaginário por motivos obscuros e não permite a realidade como ela é, onírica, uma vez que só existe em nossa mente. raramente o inconsciente consegue lidar com o pré-consciente construindo uma melhor realidade representada possível, mais estética e racional. raramente o conflito não se torna guerra. a questão é: se será possível reconstruir o sonho na vigília, para sermos mais completos.

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fruto proibido

bc - se qué vô
v - uma maçã
bc - uma maçã eu quero não
v - uminha
frutinha
bc - está me enganando
v - eu estô a te lograr? isso eu não
bc - você é esperta
v - não sou não
bc - não é não! como assim não é não, hein!
como assim não é não? diga:
eu não quero: não é não é sim!
não é mais não é igual a sim!
v - como assim eu não estou entendendo?
bc - eu vou querer!
v - então morde!

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acorde

quando estamos perdidos
só nos resta o perdão
daqueles que são urdidos
na corda, acorda coração

nesse cordão

bem perto da partida
aonde a saudade alcança
levamos a nossa lida
não cansa nem espanta espera

nossa esperança

e você me leva no infinito
você me traz bondades
você me deixa aflito
nesse grito que feito apito

faz do peito um granito


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sem violência

teu terror é dor
porrada é nada
ira descolorirá
para nascer do amor

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versos de profecia

Um rei de andorinhas vai chegar,
Por que seu príncipe de mães, vai precisar,
Mas o prímcipe em seu ovo vai guardar
Outro príncipe que virá nos acolher.

Quando outra vez este novo príncipe vier
Vai tentar muito além do diabo para escolher
A boa nova que por fim virá nos ver,
E outrora nova aurora vai surgir.

A brilhar, a brilhar vermelhecer,
Novo sol, novo sol virá surgir.

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domingo, 17 de julho de 2011

motoqueiro fantasma

cavalo de aço rasgando o asfalto
comendo espaço pelo chão
a morte, o fogo rondando as ruas
um gárgula, uma assombração
mas não pode suportar o que é covarde
a caça disso patrulha a cidade

as rodas de fogo, cabelos de fogo
olhos brilhantes feito a chama
o engenho de prata, as farpas de prata
e o rastro deixado sua flama
vinga a iniquidade ao se ver
a si mesmo no mal que o faz sofrer

um coração turbado de espinhos e longe
disso faz sufocar
no fogo daquele que não deve, e quem o sabe?
ressuscitar
nem hoje, nem nunca o poderá
nem hoje, e quem o saberá?

motoqueiro fantasma
a fuga do inferno
motoqueiro fantasma
é o caçador eterno

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diálogo insólito

Tá me entendendo?
-tô
Mas não era para entender
-desculpe
Me explica o que você entendeu?
-explico
Mas explica bem rápido
-não enche, to saind...
Fica mais um pouco
-não quero
Só mais um pouquinho
-não
Por quê não? Sou feia?
-não
Hã?
-não vou embora não
Então tchau!

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sábado, 16 de julho de 2011

O Relojoeiro dos Infeernos!! bakshish (shhhhhhhhhhhhhhhhhhhh....)

(este é um tópico que eu reescrevi de 25 de julho de 2005)

Como Montar uma Laranja Mecânica.
Estas são as linhas-base para empreender um julgamento social informal e adquirir, sem mérito legítimo, um atestado de idoneidade.

1. Coloque-a (a laranja que vai se tornar mecânica) em uma posição bastante vulnerável, embora ela não perceba, é preciso parecer uma equipe unida.

2. De forma alguma, lha forneça informações relevantes, estratégicas ou referenciais, mas é só para simular a participação da laranja no esquema, ou seja, o futuro suco precisa acreditar, concordando ou não, que faz parte daquilo.

3. Recorra ao nome da laranja toda vez que algum assunto se tornar conflituoso (primeira fase, assédio básico, para irritá-la, afinal o fruto cítrico tem de parecer culpado, mesmo antes de o ser de fato: cultura atual e suspeita da sociedade).

4. Sempre que houver alguma irregularidade consciente, faça com que a laranja participe de uma forma alienada, mas crie alguma prova circunstancial de sua participação, assim se pode criar um Bode Expiatório, pois, como ele pode se defender de algo que não tem conhecimento. Manobra de distração.

5. Enquanto a irregularidade estiver inconsciente para o dispositivo mecânico (é... a laranja mecânica não pode se considerada uma pessoa, ficando na condição de homo sacer, vida-nua, caso contrário, a tentativa de defesa feita por ela pode se tornar eficiente, e então ninguém se locupleta, ninguém ganha, que chato, né?...), apenas aponte em direção à laranja, pois assim sua alienação (vide outros tópicos) se incumbirá da segurança do fabricante. Fabricante é aquele que vai lucrar com a operação de distração, mesmo que só reste o bagaço...

6. Negue-lhe seus sentidos humanos: negue ao alvo que possa sentir as pessoas, que possa raciocinar, que tenha moral ou honestidade (isso, presuma culpa, e não presuma inocência), na verdade isso já é característica de vida-nua, de homo sacer. Presuma culpa, pois desse modo não há como se defender, presumir inocência é coisa de "gente diferenciada". Espalhe pelos quatro cantos que ele é o "malefício", assim todo mundo vai tratá-lo como homo sacer. "Malefício" é a senha.

7. Acima de tudo: sonegue a ele informações para que seja incapaz de pensar com lucidez, clareza e/ou sensatez. É salutar que levante dúvidas sobre sua sanidade mental. Aproveite o estigma da loucura. É aconselhavel, por isso, realimentar o estigma da loucura como um hábito. E forjar alguma prova de sua suposta loucura, maluquice e/ou insensatez. Serve também o depoimento de algum psiquiatra de ocasião, sempre se encontra desses por aí...

8. Lembre-se de que se o momento de se entrar em um estado de alerta (cor: laranja), um suicído (pq lava as provas com sangue), um assassinato (pq a laranja assume a culpa, quer dizer, todo mundo esquece todos os outros crimes de colarinho na oportuna ocorrência de um assassinato, o nome disso é cinismo), e uma internação (pq aí a criatividade no peculato pode correr solta! bem como injeções de sossega-leão no elemento-chave alaranjado), não são só bem-vindos e desejados como são as próprias metas almejadas. Assim ninguém suja as mãos...

9. Assassinato, Suicídio, Internação e Acidentes são formas de se desviar do foco dos crimes de colarinhos com inteligência (obscura, mas inteligência), porque, mais chamativos que a gravidade criminal dos delitos de colarinho praticados pelo Fabricante, é o atentado à vida mesma e humana.

10. "Prepare o terreno" em volta da laranja (o laranjal), saiba aonde mora, sobre sua família e seus amigos, e compre desses elementos que sempre estão oferecendo uns favores aí, para no momento exato retirar a razão da fruta cítrica. Momento-chave em que a laranja deixa de ser gente e passa a ser coisa. Espalhe boatos sobre o laranja no meio aonde ele vive, sempre a boca-pequena, um colarinho branco sempre tem alguém em todos os meios sociais, isso se chama "bom realcionamento".

11. Perceba que não há Operação Abafa eficiente sem veneno verbal, envolvido em calúnia, injúria e difamação de alguém. Afinal, com sobriedade e moderação é que se resolve esses casos, mas ninguém quer que se resolvam, não é mesmo?..

12. Crie armadilhas para o laranjito de forma a ele produzir provas contra si mesmo (o que será conveniente na Operação Abafa e Envenena).

13. Se não houverem delitos graves, invente ou até exagere, afinal você (sr. Fabricante) não comprou o círculo da vizinhança, até o terceiro grau, de graça... E está manipulando todos tons-das-palavras que chegam do dispositivo para as autoridades. Tais círculos, os que o cercam, e o fazem, porque são subservientes a você, não é, Fabricante? Capilaridade.

14. Cuidado para não escolher aí um cabra inteligente!

15. Fique rico, governe pela força política e social (coerção), evite governar pela força física, e, quando o laranjinha se desmanchar, acuse os seus adversários (aqueles que querem acabar com sua Operação Abafa e Locupleta), acuse-os exatamente daquilo que querem provar a seu respeito. Se você rouba, acuse seus adversários de ladrões. Se você mata, acuse seus adverásrios de assassinos. E assim por diante. Bem por quê, são crimes que você conhece melhor que eles, mas não admite. E isso cola perfeitamente com o fato instituído de que é o acusado que deve provar a própria inocência, e não acusador.

16. Abra um crediário de matérias pagas na imprensa dos grandes veículos de comunicação do país, mas tenha o domínio da arte nos diagramas, ou no editar das imagens, viu! para não parecer o que é, falcatrua! Quer dizer, mostre aos jornalistas, aos que se submetem, como devem ser feitas as matérias, o que mostrar e o que esconder, saiba também que os donos dos jornais não lhe desejam mal, e não iriam lhe denunciar como o fazem com os desafetos. No máximo, umas matériazinhas aí só pra constar...

17. Não se esqueça que existem milhões de formas de fazer o capital do investimento do ítem 16 sair ao seu 'colaborador'(empresas de comunicação) para retornar ao seu 'investidor'(sr. Fabricante), quer dizer, que o capital circule, mas em ciclo fechado.

18. Desonre, desqualifique, a laranja totalmente, pq essa é a forma de matar-sem-matar, e sem nem sequer tocar, (isto já foi descrito).

19. Você precisará de agentes próximos à laranja para lhe sondar as vontades e os desejos e tornar sua manipulação mais eficiente para os outros verem que o sacrosanto sr. Fabricante não está mentindo, bem como "é inocente", e está "defendendo a justiça" (mas não diga nunca que é a SUA justiça). Círculos no ambiente do laranja, já citados.

20. Esses agentes devem ser pessoas "de bem" por que aparência é tudo hoje-em-dia, mas instrua-os de modificarem seus comportamentos em caso de existirem testemunhas oculares, por que senão como você vai poder continuar dizendo que tudo isso é normal? mostre como se faz, quando forem pegos, disfarcem, e finjam que não é com eles, manobras de distração são sempre convenientes.

21. Acima de tudo o laranja deve permanecer sempre em descrédito., vai que ele sabe de alguma coisa e põe a Operação Abafa, Envenena e Locupleta em perigo...

22. Sempre afirme, você e seus agentes "de bem", seu suposto apreço incondicional pelo mecanismo, e, depois da tragédia, afirme não saber o que está ocorrendo! Bem como é imperativo afastar a laranja de seus objetivos, e de seus convívios sob o argumento do apreço afetivo mais que verdadeiro (mais que justo existe?). Depois diga que ele se isolou. Que é solitário por causa da loucura. E, sr. Fabricante, você não teve nada a ver com isso...é genético, cerebral, coisa assim...

23. Regra de ouro (de tolo): Negue ou afirme tudo até o fim, e se lembre de Goebbels: uma mentira repetida 1000 vezes pode se tornar uma verdade. Assim como uma negação repetida 1000 vezes pode se tornar um atestado de idoneidade. Claro, você não precisa provar que que é inocente, só o seu adversário.

24. Para você se sagrar um relojoeiro assim, se invista de autoridade, ou busque apoio em alguma instituição para ter credibilidade, e sua palavra deve ser socialmente mais forte que a da laranja. Sim! existem instituições que operam para esses fins! Não podia, mas operam! Feliz aniversário! Ganhou um presente! isso não é para qualquer um!

25. Se bem que a desonra forjada da laranja mecânica será muito útil em algum embate num determinado, previsível e esperado momento derradeiro! É mais ou menos assim, "ele não é ninguém", ou "ele é louco, ninguém vai acreditar nele", etc...

26. Use e Abuse de seu poder econômico, o que é uma mísera vida em relação às suas vantajens políticas, econômicas e sociais? Ou seja: como no antigo faroeste da terra-sem-lei, dissemine boatos e ordens de alerta em relação ao laranja (do tipo "procura-se"), para manter anticorpos de sua comunicação, e preservar o controle social que impede a emersão dos seus erros para a luz do dia, tão bem e caramente ocultados, ou seja, ative o alerta laranja, e aonde o malefício (olha a senha aí!) estiver buscando auxílio, use dos seus créditos sociais em forma de favores para impedi-lo de prosseguir... ...e se defender. Ah, e não esqueça de que é tudo por apreço à laranja, não deixe perceberem que não há apreço nenhum aí, só dissimulação.

27. Quando o poder público vier lhe questionar sobre essa sua engenharia, seja a polícia, seja a justiça, não vacile, seja tautológico (afinal ninguém sabe o que é isso). Quer dizer. Afirme sobre o "oranje juice" aquilo que é inerente à fama dele (a que você construiu nele, e ele nem sabe, fama que é como um dado da realidade), veja como nesse caso é útil que ele seja considerado louco! Ou seja, transforme a acusação em prova! Genial, não? Pq assim você se livra das acusações que poderiam ser formuladas à seu respeito: Manipulando o poder público instituído na justiça e polícia formal e legalmente estabelecidas! É grave...

28. Insista até só restar o Bagaço Sangrento!

Metas do projeto:
1. Transferir o ônus de seus próprios crimes
2. Desviar a atenção da opinião pública no corpo da sociedade instituída.
3. Instigar o "escolhido" à um suicídio, um assassinato ou um colapso nervoso emocional (mais conhecidamente conhecido como S.U.R.T.O.)
4. Enquanto isso prossiga modificando os testemunhos, manipulando o ambiente com a mídia, e destruindo as provas, evidências, indícios e sinais.
5. Fique tranqüilo, que uma vítima de Induzimento ao Suicídio, não pode testemunhar!

Objetivo do projeto:Parecer Idôneo.

Dividendos: Temor dos adversários e opositores emergentes... imagina se o Relojoeiro fizer isso contigo? ou com seu pai? ou seu irmão? E se ele quiser lhe traçar.

(equivalentes: escárnio, maldizer, bullying, assédio - moral, sexual, econômico-, bode expiatório, manipulação, mentira, "estavamos brincando", terrorismo, isso é normal, etc...)

Advertência: Subjugar alguém para torná-lo um indigente, não é um método perene. Ainda mais pq existem armas por aí...

O.o Burguês
Eu digo: O Brasil ainda será a Nação da Felicidade!

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mac donald's

Melhor, melhor, sempre melhor
Muito bom, muita imaginação,
Mac Donald's e idéias de monte (na mente)
Para melhorar a situação

Inventar algum invento
Encontrar uma solução
Esteja sempre atento
Use a imaginação
É bom lapis e papel na mão
É bom lapis e papel na mão

Para anotar pensamento
Pára e anote observação
Ouça a voz que vem do vento
Sinta bem seus pés no chão
É bom lapis e papel na mão
É bom lapis e papel na mão

É bom ter conhecimento
É bom ter boa intenção
É melhor usar o talento
Do fundo do coração
É bom lapis e papel na mão
É bom lapis e papel na mão

Mas se vier algum jumento
Dizendo que você é doidão
Pense assim "eu não esquento"
Mas se lembre da anotação
É bom lapis e papel na mão
É bom lapis e papel na mão

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pepsi

Ele fala p'ra todos
Do dia que ficou comigo

Fica quase doido
Se falo com um amigo

Banho após a cama,
É coisa muito normal

Sou eu que crio caso,
E não vê que eu 'tô meio mal

Vai na geladeira,
Meu time 'tá no canal
Me diz o bobão...

Pepsi 'tá na hora
Pepsi não pode ser depois
Pepsi tem que ser agora
Pepsi 'tá na hora

Vai na geladeira
Meu time 'tá no canal
Me diz o bobão,
Mas eu 'tô afim de algo mais animal

Pepsi 'tá na hora
Pepsi não pode ser depois
Pepsi tem que ser agora
Pepsi 'tá na hora

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coca-cola

Não te conhecer e entender qualquer canção
Não te conhecer e não saber sua proporção
Te cantarolar e te escutar o coração
Te cocacolear o teu sabor, coração

Eu não te entendo,
Eu não sou bitola,
Mas te dou uma coca-cola

Não te quero fórmula, isto eu não quero não,
Que ninguém formula, que ninguém faz não,
Pode não ninguém faz isso igual, faz não,
Pode não, ninguém faz isso igual, coca-cola,
coração

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harley davidson

É de aço
Estou leve
Vôo baixo
Como se deve
Vou ouvindo o som bonito
que está no meu ouvido a roncar
Em um cavalo de aço te levar

Cospe fogo, cospe som,
Ronca forte, ronca alto,
Voa reta a Harley Davidson.
Muita moto em qualquer asfalto.

É meu passo
Na estrada
Rodo vivo
Penso em nada
Pego o caminho e vou deixando
meu destino em qualquer lugar
Em um cavalo de aço te levar

Sei que caço
Mas vou indo
Meu sorriso
Vou sorrindo
É a marca que o asfalto aceita bem neste meu rodar
Em um cavalo de aço te levar

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na estrada

Eu conheço minha moto pelo som dela
Eu sei do tanque cheio pela resposta do acelerador
Eu sei dos pneus aos cruzar os buracos, que já sei de longe

e é sempre atitude
e é sempre ilusão
e é sempre paixão
e é sempre razão

Mas no asfalto eu salto aos sonhos que solto ao céu
Mas de assalto eu saco as entranhas dos outros ao léu

e é sempre arcanjo
e é sempre arranjo
e é sempre harmonia
e é sempre agonia

Mas no asfalto eu salto aos sonhos que solto ao céu
Mas de assalto eu saco as entranhas dos outros ao léu

e é sempre diabo
e é sempre irado
e é sempre atado
e é sempre odiado

Mas no asfalto eu salto aos sonhos que solto ao céu
Mas de assalto eu saco as entranhas dos outros ao léu

e é sempre estrada
e é sempre nada
e é sempre tudo
e é sempre mudo

o céu, as montanhas, os casebres que nos cercam
a rua, as artimanhas, todas as grades que nos cercam

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o salto

pedra, perda, mato,
selva, seiva, sílvo,
mato de verdes sonhos
mato antigo de fragrâncias
mato meus sonhos
medonhos
medonhos
onde num pulo
mergulhei e morri
como você quer sorry?

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moto yamaha

não precisa
ficar em casa
como moto yamaha
você arrasa

para só
no sinal vermelho
com moto yamaha
você arrasa

fica difícil
ficar mais velho
como moto yamaha
você arrasa

ronco só
ronco do motor
com moto yamaha
você arrasa

é liberdade
paz e amor
com moto yamaha
você arrasa

pague menos
na manutenção
vai mais longe
vai, meu irmão

agarra asfalto
e você se amarra
com moto yamaha
você arrasa

terra e moto
moto e garra
com moto yamaha
você arrasa

muita moto para quaquer asfalto

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o aniversário do cachorrinho

Sou o cachorrinho Safado no meu aniversário eu convidei o vaga-lume Luiz de Luz, convidei o castorzinho Henrique Cimento, ele constrói casas, sabe, convidei a ursinha Úrsula, convidei toda a Colméia Comilona de abelhas.

Num dia de sol teve um piquenique com todos eles, do Luiz de Luz eu ganhei uma coleira que veio da cidade, aliás, eu nem sei o que é cidade.

O castorzinho Henrique Cimento fez uma casinha de tijolos para mim com móveis de madeira, a ursinha Úrsula me deu uma bola de couro para mim brincar, da colméia comilona eu ganhei um vidro de mel, uma delícia!

No piquenique teve bolo-de-mel e flores para as abelhas, o bolo de mel estava na bandeja de madeira, e pó de carvão para Luiz de Luz, porque no carvão tem energia elétrica para ele acender a luzinha, as abelhas gostaram das rosas e margaridas, e a Úrsula comeu bolo-de-mel até morrer, e o Henrique Cimento comeu a bandeja, porque ele é castor.

Eu comi carne em bife. A festa foi um barato.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

arroz

ajunto o arroz no feijão
para que não
fique muito carinho

se eu tenho pro gostinho
muito puro de carinho
não deixo o feijão sozinho
boto carne no feijão

eu quero ele sozinho
assim tenho mais carinho
fica muito gostosinho
por farinha no feijão

assim dá mais gostinho
feijão, amor e carinho
não quero ele sozinho
vou comê-lo com feijão

(slap)

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minhas férias

era uma vez uma casa, um sol e uma árvore
o sol vive atravessando o céu
a casa vive aberta com música dentro
a árvore dá bons frutos no verão
minhas férias de verão foram boas

fim

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mudez

falar o quê?
estava vazio
sem nada
me esqueci
de ser algo
para mostrar-te

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terça-feira, 12 de julho de 2011

fora do inferno

algo grita
no inferno da
noite e o
fogo cai sobre
tudo

igual a um morcego do inferno
terei ido ao
amanhecer

sou desnaturado e
filho do fantasma
incandescente

minha alma danada
meu espírito certo
nada para
escapar

a alma se foi
o espírito certo
nada me para
escape

eu vou arrancar
mais rápido do que
qualquer um jamais
sonhou

coração morcego
as asas
arrebenta o peito

e sai a
bater bater bater

as asas

eu morri no chão
sob o sol a pino
turbilhão no alto céu

igual ao demônio
às portas do céu
eu voltarei a você

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loco

crave as garras verdes
no coração que vistes
mas saibas que sempre arde
o cavaleiro que investisteis

ciúme tragédia angústia
esta na voz aberrante
destes nós de intantes
que cravaste-vos no dia

o fogo queima tua orgia
não sobra a vós o dizer
de uma nova melancolia

temo por dizer que sofres
do mesmo fogo que ardia
mas são almas que pobres

voz ouvisteis
vos viste
mas não via

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ícaro

sobre si mesma a mancha
se ergue
suave sua luminosidade pura
granito pesada sua luz dura
sobre a asa pesa a espada se ergue
queda chamam
do nada a queda gera
estupefato no chão
de fato um homenzarrão
horrorizado
pelo sol
por ter
pensado
tocá-lo
o sol
era
bonito

que pena
será que a cera
cai com a pena
ou apenas
caem as penas?

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laraiála

vá sossegar pelo ar
pra dizer
que saber
é sonhar
vá dizer que ali
outro dia
eu dizia da solidão
do coração
do cigarro

e agarro o que quiser
quando quiser sem sofrer (eêr)

só pra ver
por só ver
por sorvete
prá olhar
pra cantar (laraiála)

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admiração tosca

loirinha que passa na areia, quem dera que fosse crioula
e virasse sereia na praia à beira do mar
rolando na esteira com o sol a bronzear o seu corpo
cantiga morena, e siamesas bonitas com a pele a dourar

morena ao sol se expondo
loirinha quer mudar de cor
trazendo uma flor no biquini
siamesa é também amor

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sábado, 9 de julho de 2011

fácil ovo

fuço, fuço, fuço,
para encontrar
eu fuço, fuço, fuço

faço, faço, faço
até conseguir
eu faço, faço, faço

procurando outro segredo,
encontrei um segredo de ouro

nada de mais sabia
no entanto, tudo fazia,
toda magia

das cinzas assim,
pássaro de fogo
alçou o mesmo voo
novo

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o aprendiz e o bruxo

um aprendiz prosseguiu em seu aprendizado com disciplina e uma vontade de leão. seu progresso era intenso em seu futuro parecia ir dominar a grande magia fantástica.

um bruxo tomou conhecimento de tal jovem e resolveu exterminar nua mágica embrião.

este lhe apareceu em um sonho, ou pesadelo, no olhar do aprendiz.

este com sabedoria rara lhe respondeu perguntas eternas com inacreditável serenidade, paz e sabedoria.

assim o bruxo foi levado às nuvens dos dragões de tesouros e desapareceu das terras e ares. sua mágica fora extinta.

o jovem tornou-se de brusco um grande sábio e eternizou no reino dos sóis aquilo que o bruxo apenas não exprimia bem.

o legado do bruxo permaneceu por toda a eternidade

o amor é cego...

imagina só
imagina se
por que amor não tem motivo
explicar o inintelegível
o coração, cor e som
imagina uma nova canção
imagina a ação, imaginação
imagina-se
imagina se eu lhe esqueci
imagina só
imagina que
agora, você aqui
você é que me faz feliz
imagina quando você quiser
imagina quando eu puder
imagina se você quiser
imagina se eu poderia
imagina quando você quiser
se eu disser o quanto lhe gosto
sem fazer você ficar distante
ainda mais distante ainda
ainda mais impossível
o amor não tem motivo
ele é assim inintelegível
poderia explicar
fazer tratados
bolar mil manifestos
pois não seriam apenas os restos
daquilo que ele realmente é
é mais que eu
é mais que você
é mais que qualquer um de nós
chega bem pertinho de citar seu nome em vão
minha senhora
meu senhor
ele, às vezes, traz alguma dor
meu amigo
minha amiga
mas ele sempre encontra saída
às vezes, até, à nossa arrevelia
ele traz também alegria
ele, às vezes, traz concórdia
a esperança em um novo dia
e a poesia que se queria
e quem lhe esqueceria
o amor é o maior cego
cego mor
tipo morcego
para voar usa os seus dedos
ele é assim meio esquisito
pois olha com seus ouvidos
ele ouve o seu caminho
um caminho novo suspenso no ar
é estranho, vai acreditar
bichinho feio e pequenino
que vai voltar pro seio-caverna
o coração não está perdido
quando está cego de tanto amar
meu coração é um morcego
que vai bater bater as asas
e voará em alguma direção
e qual será a do seu coração
porque amar não tem motivo
é algo assim inintelegível
que simplesmente não pode ser visto
e é muito muito mais que isto
qualquer poema vale a pena
se a alma não é pequena

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o brilho do sol

o sol brilha em seus ombros,
e eu sorrindo
o sol brilha em meus olhos,
e me faz chorar
o sol brilha sobre as aguas,
e é tão lindo
o sol brilha sobre a rua,
e me faz corar

e se eu tivesse um conto, para você eu o contaria,
contaria o conto para lhe alegrar
e se eu tivesse uma canção, para você eu a cantaria,
cantaria a canção para lhe encantar

o sol brilha sobre os dias,
e me faz voar

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inspirado na canção "sunshine on my sholders" de john denver

quarta-feira, 6 de julho de 2011

v de vingança

o lança-perfume no portal do cais,
por que você me traz tanto assim?

o lança-perfume do portal do cais,
por que você me faz tanto assim?

é o nosso perpétuo eterno vai e vai
é o ir e voltar sem nunca vir

numa noite entre começo e século
para esse começo não voltar
eu sei, trago em mim alguns eternos "ais",
mas é assim que eu sempre vou cantá

assim é o nosso v de vingança
assim você não v de vingança
assina o nosso v de vingança
assim

assina o nosso v de vingança
a sina é o nosso v de vingança
ensina o nosso v de vingança
assim

você não vê que é só criança?
você que ainda não tem esperança?
você que vive sempre nessa mesma dança

vá-se

vá traço se

vá-se

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deserto

uma mancha não se desfaz
um perigo ou algo mais
marcou de dores todo nosso coração, meu irmão

como se fôssemos soldados
com nosso destino traçado
na dura intenção da guerra: a arte de deus marte

vagueamos pelo deserto
vaguear é destino incerto
caminhamos procurando os acenos de vênus
pois de amor não estamos plenos
pois de amor não estamos plenos

canção, um coração enfermo
o certo, um deserto ermo
a luta, a força bruta, o filha da outra não escuta
um berro que vem do fundo da gruta
um grito que vem do antro do inferno

deuses, estão também perdidos
deuses, não faço
nenhum pedido,
só digo que um amigo, ás vezes, precida de ajuda,
mas, minha alma se cala, muda
mas, minha alma se cala, muda

encontrar-te-ei frente a frente
verei o que se passa em sua mente
macabro, diabo te convido para esse jogo
uma luta ferro e fogo
prazer eu sinto quando te ferro

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hai kai (quatro)

quem venceu foi o vazio,
ninguém sorri, ninguém mais vê
mais nada ali

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sou assim

a real é a seguinte:
o rapaz é persistente
chega, o coitado, a ser inconveniente
sequer possui algum requinte

a real é me afastar
daquilo que me consome
não quero saber se ele chega, some
ou se quer meu desarmar

na real, que coitado
bom eu ficar afastada
tão doida aquela pindaíba atrasada
me livrar daquele fado

me causa enfado
é fato o rapaz
é pobre e coitado

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instante

quando bate bate o coração na solidão
quando os sonhos são apenas sonhos vãos
quando não resta a menor dúvida
a nós a vida traz a imensidão
a imensidão de cores na retina
a imensa sedução feminina
a força de jasão e o velocino
capaz de olhar como um menino
capaz de portar o santo Graal
capaz de praticar o bem e o mal
capz de fazer você feliz
e até escapar da morte por um triz
estar cônscio, cordial e muito são
estar de corpo fechado ao ódio e a traição
estar com muita emoção
nesta hora nova imensidão

nesta hora tudo muda, mas algo não
e só isto que se vê
o presente é só viver cada situação
o passado e o futuro, imensidão

quando não já não pudermos ser o que quisermos
quando cada um de nós for apenas o esperado
quando não restar a menor dúvida
de que cada um
de que cada qual é inacabado

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terça-feira, 5 de julho de 2011

hai kai (três)

o inverno se parece com o inferno,
só que menos amarelo

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a terra

talvez esteja acabando
talvez eu esteja errando
todo mundo erra

a vida, chegou a vez de tirar o valor desta
é melhor investir em bombas
uma pergunta nos resta
quem se alimenta de bombas?

mesmo a vida sendo a flor
que homens estão a menosprezar
abrirão outra flor para um jardim queimar
mal sabem eles que a sua flor também irá murchar
acenderão uma luz para outra apagar?
derrubam muros mesmo tendo que outros levantar?

muros da ciência derrubados
porém, muros do amor reconsolidados
comendo a maçã
eles esquecem a própria irmã

o jornal comenta
o oriente está lutando
isto é a dose lenta
do que está nos esperando

não quero instituir o medo,
mas haverá esperança?

nem tirar conclusões muito cedo,
mas haverá mudança?

estamos presos em lodo,
mas haverá fiança?

talvez possam se comover
talvez nas lágrimas de uma criança
mas onde está deus?
providenciando sua mudança daqui

pode não ser esta a verdade
mas só eu não posso mudar o mundo
só que posso dizer o que sinto
que está tudo imundo

mas espero que este grito louco, triste, porém sincero
possa fazê-los ver quem pode mudar o mundo
senão não haverá esperança
senão será tarde demais
(meu pêsames, FDPs)

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na morte (ii)

não olhes pra trás
pois tua vida assim não será garantida
não entres, mas se entrares
não saia, não poderás, e o odiarás
o mais profundo ódio está nele
se tentares reagir morrerá
e se tentares ajudar também
prestes atenção no que vês
para que nunca mais vede de novo
tu sabes, talvez, do que estou falando
mas esquece esses pensamentos doentes
e viva para e a favor do bem
senão seu fim será hediondo e tétrico
e trás o mesmo fim que ele

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na morte

não sei quando entrei nela
sei que já estou nela
pois já estou sentindo maravilhas
pois já estou ouvindo os sons do silêncio
pois já estou vendo as cores da escuridão
pois já não estou sentindo nada e
a vida para mim agora é só uma
sombra do passado e que por minha
vontade será esquecida
não sei o que foi
mas foi o jogo que eu joguei
o preço que eu paguei
e as chances que desperdicei
nunca mais a terei de novo
por sorte ou azar meu
nunca a terei de novo
mas espero ser feliz aqui

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era uma vez um porquinho

era uma vez um porquinho
sabia qual era seu lugar
mas não se contentava em sonhar
não se contentava com seu lugar
achava que havia algo errado
e lutava contra o destino traçado
sentia falta em seu peito de algo arrancado
era como um passarinho
que queria mais que voar
queria mais do que lhe foi dado
mas sabia que era tudo jogo arranjado
mas sabia que era tudo jogo arranjado
observava os outros porcos
enxergava a felicidade que possuíam
achava que tinha menos do que tinham
queria apenas mais do que eles queriam
e seu querer era era só amor
sentia sozinho assim sua dor
que era dor de amor
se entristeceu pelos outros porcos
felizes pelo amor que possuíam
mas o que possuíam não era amor
mas era nojento materialista e sem pudor
mas era nojento materialista e sem pudor
teve vontade de tudo abandonar
todas as pessoas e seu lar
não haviam pessoas para amar
pois amor as pessoas não queriam
sabia que disso elas até riam
e sua imagem distorciam...
de muitas formas
amando uma vez
desejando muitas vezes estar amando
estava triste por sua condição
as pessoas não tinham sensibilidade
para reconhecer um amor de verdade
e de algo que não conheceu, sentiu saldade

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portas fechadas

dias e dias com fome
as terras alimentam máquinas
as máquinas se alimentam de fome
e nós construímos as máquinas
hoje, se alimenta a máquina e não o homem

no fogo da fornalha se vê o amor da vida
a fábrica parece o inferno
ela e sua fornalha
o amor maior da sobrevivência
está no dia a dia da fábrica
e a morte que mata aos poucos
está na fábrica
a vida vivida sem sabor
está na fábrica

mundo sem sentido onde
se dá valor ao não sofrido
ao não-lutado
e quem luta pela sobrevivência
é explorado pelo "herói"

portas fechadas, saídas trancadas
não dá pra ficar conformado
não dá pra ficar parado
tiraram os degraus da escada
os famintos ficarão famintos
como mortos-vivos, ficarão mortos

vamos derrubar as portas juntos
vamos fazer tremer os cadeados
quem precisa de você está esperando
sua recompensa virá
com o tempo

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hai kai (dois)

em qualquer canto,
um conto novo,
com um novo encanto

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

a gata borralheira (operetinha:O)

personagens:

marla: a fada
ariela: a borralheira
lerna, selda e tlena: as irmãs malvadas
dramasta: a madrasta
fedro: o pássaro de fogo

======================================

abertura

não se sabe se é verdade,
ou se o mundo esqueceu,
uma lenda tão antiga
que um dia aconteceu,
não esqueça que pode até ter
acontecido com você,
quem sofre perde o brilho
e só quem sofre não pode ver,

ora, a vida é tão bonita
que, surpreendentemente,
a circunstância toda muda
isso acontece a toda a gente
recupera-se o brilho,
pois é assim que deve ser

brilhando em quem a conta
brilhando em vocês

======================================

ii - borralheira limpando (situação inicial)

lava daqui, lava de lá
tento sorrir,
me ponho a cantar
me sinto cansada
e começo a chorar

é muita louça, é muita roupa,
lixo pra fora, faço a faxina,
que pena, menina,
ninguém me ajuda

falo sozinha, ou fico muda,
trabalho me agrada,
mas isso não,
só eu sozinha
na solidão

fico com medo, tenho cansaço,
ninguém nem liga
para o que sinto,
queria carinho
e compreensão

mas se eu paro, não deixo pronto,
então apanho
que nem te conto,
queria carinho
e compreensão

menina,
não fique assim
um dia isso tudo terá fim

ariela:
limpa daqui, lava de lá
nada de obrigado, um carinho, um abraço,
poxa, que vida chata
já já estão de volta,
preciso terminar rápido

======================================

iii - judiando

lerna: não terminou ainda?
selda: isso está demorando!
tlena: vou pegar a cinta!
dramasta: sua preguiçosa, você não presta pra nada, imprestável e sem vergonha, quero isso limpo hoje!
lerna: feiosa!
selda: nem se compara com a gente
tlena: você é uma coisa feia, suja e horrorosa!
dramasta: e não vai sair de casa até o próximo inverno! e se sair não volte! senão vai apanhar como nunca antes!
ariela: estou terminando (sussurro)
todas: cala a boca!

======================================

iv - sonhando

meus trapos tão sujos
talvez não revelem
que trago aqui dentro uma roupa de luz,
um raio de sol me conduz
para longe e tão perto assim,
a beleza se esconde dentro de mim
sei que sim
sei que sim

a poeira na pele
talvez não revele
o brilho dos olhos que trazem estrelas,
numa noite escura ir vê-las,
lá fora e tão presas a mim,
a beleza se esconde dentro de mim,
sei que sim
sei que sim

os pés marcados
talvez alados
consiguam um dia levar-me daqui,
e no céu, um dia, então, vão sorrir
para cima e tão perto dos deuses,
a beleza se esconde dentro de mim,
sei que sim
sei que sim

======================================

v - quando não se pode ser feliz

dramasta: o que é isso, ô feiosa, cantando? agora virou cantora? vamos parar e vai preparar o banho das suas irmãs, hoje tem festa!
borralheira: ?
dramasta: é, mas a feiosura mais horrenda não vai alugar nenhum!
borralheira: mas...
todas: vai apanhar se der mais um pio!

======================================

vi - a fuga

sem medo e nada a perder,
na noite de lua em segredo, fugiu,
estrelas e nuvens no céu a luzir,
na terra, a floresta a podia esconder

ariela, que triste, de casa partiu,
chorando, mas sem sodade sentir,
as lágrimas que lhe estavam a escorrer
pra terra seca e de onde surgiu,

uma fremosa flor vermelha a se abrir,
um belo amor como nunca se viu,
antes, na terra, onde estava a sofrer,

antes do tempo de nunca sorrir,
estava contente como nunca sentiu,
pois o tempo chegara: de tudo esquecer!

======================================

vii - a floresta, que linda floresta!

o verde, o canto da floresta,
me diz alguma coisa,
─os pássaros em festa─
me diz, como estou feliz,
eu não estou sozinha,
longe de quem não me quis

às vezes, é necessário estar sozinha pra pensar
às vezes, é necessário estar sozinha e sozinha ficar

a selva, as folhas caídas,
os pássaros brincando,
brincando na relva,
quem sabe eles sejam os meus amigos,
aqui não corro perigos,
aqui sei pra onde ir

de repente, vejo alguma coisa,
quem será essa senhora
comigo aqui e agora...?
olá, como vai você!?
e quem será você!?
meu nome é ariela!

======================================

viii - o encontro com a fada

meu nome é marla,
sou a luz desta floresta,
sou a vida destes animais,
sou a brisa leve que encanta as almas sedentas de amor,
sou um pequeno momento na emoção de qualquer um,
posso lhe dizer...
se sente pequena e pobre,
mas respire fundo, sinta seus pés no chão,
o calor do seu corpo, e sua mente flutuar,
encontre você mesma no céu azul e na luz do luar,
seja feliz por dentro,
deixe desabrochar,
deixe a chama acesa
que é certo que encontre
sua própria beleza.

======================================

ix - a luz

estou aqui,
estou em mim,
estou mais forte,
eu tenho sorte,
vou passar lá,
não vou perder,
o que está aqui,
brilhando em mim,

depois de tudo de tudo sofrer,
a vida encontrar,
a vida viver,

eu sou eu mesma,
eu sou bem forte,
eu sou aquilo,
que lhe trará sorte,
eu sou mais eu,
o mundo está aqui,
estou no mundo,
isto é viver

======================================

x - aconteceu o quê? a ela ariela?

todas:
feiosa, o que aconteceu?
será que mais ninguém ninguém lhe bateu?
será que ninguém mais a ofendeu?
pois, se isso ocorreu
voltou para nunca mais sair,
estamos aqui para lhe ferir,
e, você, nunca mais vai esquecer,
mas, antes, diga de onde surgiu
a beleza que em você apareceu?

ariela:
ora, não digo se me machucar,
está aqui, pois, se o fizer,
e, por mais que o faça, vou me calar,
e a dor me fará, tudo esquecer

todas:
sem graça, me convenceu,
por enquanto, não vai apanhar,
mas diga logo e sem mentir,
de onde vem a beleza a luzir?
a beleza que em você apareceu!

ariela:
veio da fada da floresta senhora,
mas há um segredo a ser feito na hora,
que em frente dela estiver!

todas:
temos pressa, não podemos esperar,
quero saber, e vai me contar,
para quando, na floresta encontrar,
desejo tal beleza possuir!
a beleza que em você apareceu!

ariela:
façam naquela fada, exatamente,
tudo o que em mim querem fazer,
e, intantaneamente, esta beleza em vocês vai aparecer!

todas: quando a encontrarmos,
lerna: vou espancá-la
selda: vou machucá-la e xingá-la
tlena: vou esquecer o respeito, bater-lhe o peito,
queimar-lhe as mãos, e gargalhar até rolar no chão!
dramasta: vou fazê-la chorar, pelo prazer de vê-la sofrer!
pois desejamos co'esta beleza ficar,
a beleza que em você apareceu!
não deixarei que fique mais bela que eu!
tlena: nem eu!
selda: nem eu!
lerna: nem eu!

======================================

xi - o encanto

todas:
vamos atrás
desta senhora,
já está na hora,
de nos transformar

vamos bater
nesta senhora,
pois é agora,
eu quero pra já

fedro:
vejam vocês,
bateram na fada
que ficou zangada

fada:
você, donzela,
lhe faço amarela,
com bolinhas rosas,
com a face horrorosa,
você vai ficar

você, rapariga,
lhe cresco a barriga,
coloco um bigode,
com rosto de bode,
você vai ficar

você, megera,
lhe deixo uma fera,
toda peluda,
cheia de lombriga,
você vai ficar

você, madrasta,
lhe deixo nefasta,
toda gosmenta,
ninguém aguenta,
seu rosto fitar

fedro:
assim ficaram,
não mais molestaram,
a linda, ariela,
e acabou-se a história

======================================

xii - seu brilho

um dia depois do outro,
nada melhor pra esquecer,
a mesquinharia, egoísmo e inveja,
não sei pra quê

um amigo e também outro,
tudo melhor pra se lembrar,
a alegria, felicidade e companhia
de quem se quer

======================================

xiii - primeiros motivos

quando acordares,
e tirar dos ares,
a dormência que a está atordoando,
cantarás mais alto,
pois darás um salto
sobre aquilo que a está encarcerando,
do nada ao cheio,
estarás em meio,
a alguma intuição que vem voltando,
menina cantarias,
novas harmonias,
vencerias o vazio que está rondando

para amar
para brilhar

pra onde foi teu sentimento?

para amar
para brilhar

pra onde foi teu sentimento?

se não puderes,
não te apavores,
pois é algo que se pode estar prevendo,
tua inspiração,
vem do coração,
só que, às vezes, ela está se escondendo,
parece pecado,
mas é um recado,
verdadeiro amor que vive sempre ardendo,
surpreenda-te
só nunca se ate,
à razão de um ser se contorcendo

para crescer,
para viver

pra onde foi teu sentimento?

para crescer,
para viver

pra onde foi teu sentimento?

e, em nossos dias,
o que tu farias?
contra o medo que vem nos engolindo?
um conto de fadas,
com almas podadas,
poderoso, escabroso e infindo,
te voltes contra isso,
faça algum feitiço,
tão ameno, tão sereno e tão lindo,
verás o vazio,
mas trarás o fio,
pra a saída de todos os labirintos

para sentir
para sorrir

pra onde foi teu sentimento?

para sentir
para sorrir

pra onde foi teu sentimento?


"xiii - primeiros motivos" foi originalmente composta por mim e um amigo da editoração, o Paulinho Godoy, e mais tarde (uns três anos depois) resolvi incluí-la nessa opereta, para terminar em grando estilo...
grato, paulinho!

hai kai

abaixo dos pés, o céu,
o baixo, grave,
abaixo a gravidade

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sábado, 2 de julho de 2011

isto não queria

Nós podemos falar toda a noite,
mas fatalmente vem a tardinha,
eu lhe disse tudo o que poderia ser
e não há mais diferença aqui baby,

posso chorar semanas
para arrebentar as correntes
que me prendiam
e a canção do ar que me envolveu
não me deixou esquecer minha vida

eu disse tudo e retirei a palavra,
eu causei mesmo,
mas não soube ser outro
e as palavras que falaram gritei,
explosão, fogo, insônia, choro seco
e as, minhas lagrimas de areia

e tudo o que faço é revelar que:
te amo
te adoro,
mas não há mais como lhe possa amar,
agora, não entristeça,
pois dois fora três não é mau

você nunca se machucou na areia da praia,
nem nunca se arranhou no negrume da rua,
eu sei você é o sol, e sou eu que sou a lua,
mas não há como sair
da base da quebrada dessa isca em que estou
não vou brilhar nem confessar que

algo corrói e por mais que eu tente,
eu nunca serei capaz
de ter política, ou mesmo de ser tal bom rapaz,

mas foi você a jovem que me despedaçou
e foi há tantos outonos atrás,
e eu sei, eu sei,
nada nada no coração para amar,
ou mesmo para perdoar
e eu me lembro de ter partido intempestivo
sem beijo, abraço ou lembrança,
eu sei, eu parti sem aviso, pergunta ou destino,
mas nunca mais consegui te esquecer
esquecer esquecer
esquecer é uma arte
e tudo o que faço é revelar que:
te amo
te adoro,
mas não há mais como lhe possa amar,
agora, não entristeça,
pois dois fora três não é mau

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Autor: Jim Steinman (Two Out of Three ain't Bad)
Versão para o português: Cristian Korny

wolverine

Sou sua ruína,
sua treta, sua sina,
sou eu quem lhe ensina
aos outros respeitar

sou sua cena,
sua coça, sua pena,
sou eu quem lhe condena
pelos outros se lenhar

sou sua cana,
sua cela, sua grana,
sou só eu seu sacana
e eu vou lhe detonar

não faço o que há de melhor,
mas só o melhor no que faço.
não faço o que há de melhor,
e não vou deixar de barato.

não faço o que há de melhor,
mas sou o melhor no que faço.
não faço o que há de melhor,
e não vou deixar de barato.

se enfrentei leão e elefante,
estou muito vigilante,
quero ve me aguentar

se enfrentei urso, jibóia e gente,
estou muito mais contente,
e quero ver só goelar

cicatrizou corte, faca, bala, enxada,
palavra mal falada,
mentira e tudo mais.

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galáctica

luz que ilumina e vê:
lucidez,
seu equilíbrio perfeito:
orbital total,
galáctico total

olhos de rapina,
olhos de menina, visão pura, intacta, cristalina

fuça feito gata,
é fato a audição,
o cheiro do céu, o silêncio do chão

forte feito vaca,
firme feito som,
ritmo inalterado, pulsa à perfeição

são suas palavras que podem dizer
o que é mais forte, está em você,
a solidez que vemos é total,
parece que vem lá do espaço sideral

sobre as palavras que nós todos precisamos
para terminar o que começamos
e sobre aquelas que nós todos tanto queremos
para sanar os nossos desenganos

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a beleza

quando você me acompanhar,
quando você se lembrar de mim,
quando se apaixonar,
quando me olhar e sorrir,

quando souber por onde andei,
quando você perguntar por mim,
quando você me abraçar
e disser que o amor é mesmo assim

vai ter bandeira,
vai ter bandinha,
vai ter beleza,
vai entrar pra história,
quando o dia chegar,
quando o dia chegar,
quando o dia chegar,

quando a gente se encontrar
pra se olhar a conversar
se beijar e namorar
meu mundo por inteiro vai mudar

vai ter bandeira,
vai ter bandinha,
vai ter beleza,
vai entrar pra história,
se esse o dia chegar,
se esse o dia chegar,
se esse o dia chegar,

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queria lhe falar

São Muitas palavras
tiradas do ar,
escondidas na noite, à luz do luar,
são muitas palavras
nem sei como falar

alguma palavras
para você viver,
espalhadas em tudo que você quiser,
algumas palavras
não quero esquecer

quâo belas palavras
quando você ouvir
de dia, de noite, sei que vão lhe sorrir,
quão belas palavras
por que resistir?

em poucas palavras
repletas de amor,
oh, deus! tenho medo, como eu temo a dor!
em poucas palavras
que não sei de cor

queria lhe falar
queria lhe dizer
tudo aquilo que eu já não posso esconder
queria lhe falar
queria lhe dizer

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um dia amor

Um dia, um dia, quem sabe,
terá transcorrido
será transformado
e modificado
com muito cuidado
será sabido
inexorável
trará consigo
o inesgotável
o inacabado
e o inacessível,
mas não terá
nenhum sentido
indivisível
como o espaço
sideral
ser astral
acima do bem
acima do mal
bem mais além
em nome da paz
pra sempre jamais
AMOR

Um dia, um dia, quem sabe
terá transcorrido
será transformado
e modificado
com muito cuidado
será sabido
será saudade
será feliz
talvez por um triz
talvez por talvez
mais de uma vez
arrebatamento
sem fingimento
no pensamento
e no coração
na situação
na falta de pão
desse planeta
planeta sem nome
planeta fome
planeta água
planeta
AMOR

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