Eu sei do tanque cheio pela resposta do acelerador
Eu sei dos pneus aos cruzar os buracos, que já sei de longe
e é sempre atitude
e é sempre ilusão
e é sempre paixão
e é sempre razão
Mas no asfalto eu salto aos sonhos que solto ao céu
Mas de assalto eu saco as entranhas dos outros ao léu
e é sempre arcanjo
e é sempre arranjo
e é sempre harmonia
e é sempre agonia
Mas no asfalto eu salto aos sonhos que solto ao céu
Mas de assalto eu saco as entranhas dos outros ao léu
e é sempre diabo
e é sempre irado
e é sempre atado
e é sempre odiado
Mas no asfalto eu salto aos sonhos que solto ao céu
Mas de assalto eu saco as entranhas dos outros ao léu
e é sempre estrada
e é sempre nada
e é sempre tudo
e é sempre mudo
o céu, as montanhas, os casebres que nos cercam
a rua, as artimanhas, todas as grades que nos cercam
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