sexta-feira, 31 de maio de 2013

Trabalho, Sustentabilidade e Capitalismo Predatório.

A lógica errada do capitalismo predatório é de um número menor de pessoas trabalharem além de suas forças, maximizando os lucros, ela dá mais riqueza para menos pessoas, mais aumenta a violência, a desigualdade e o risco de crise econômica. Contradição.

O que propomos é uma economia voltada para o trabalho, desviando do enfoque atual no lucro, sem o objetivo de criar emprego e de ser melhor que o outro, poderemos caminhar em direção à uma sustentabilidade real, não-marqueteira, o planeta se salvará junto.

Alguém acredita de fato que é possível salvar o planeta sem salvar a humanidade junto? Em nosso modelo de capitalismo predatório que vigora em 95% do planeta nada disso será possível, a não ser que o estilo de vida e padrões de consumo sejam questionados.

E não pode se tratar de apenas uma campanha publicitária com dimensões globais, NãO! Tem de fazer sentido para todo mundo, não sendo decisões de escritório com o objetivo não declarado de manipular para manter tudo como está, digo, a sociedade e a economia.

Eu quero distinguir fatos básicos: defesas e sentido. A ideologia predatória impõe defesas para alienar, pois assim pode influenciar, concentrar o poder, e, consequentemente, a riqueza. A tomada de consciência sustentável consiste em fazer emegir sentidos.

Claro que permitir que as pessoas possam tomar as rédeas ou os guidãos de suas realidades é o Satanás dos discursos e tem seu trâsito proibido nas caras avenidas e corredores do poder predatório. Por hora, é uma aconomia sustentável que eu proponho.

Mas que esse sustentável não exclua seres humanos e suas mentes de ricas diversidades. Refuto o argumento automático que afirma a salvação do ser humano automaticamente ao preservarmos a Natureza, evitando falar da extinção do humano pela dominação humana.

O planeta só será salvo se preservarmos também a integridade dos seres humanos, caso isso aconteça, caso o ser humano perceba o sentido de se preservar, vindo de si e não pela imposição externa que procura esconder realidades em mentiras, poderemos viver.

Resumo: o discurso que opera a oportuna separação entre o humano e a natureza, não faz sentido fora da coação do mercado que resiste nele demais para aceitar qualquer modificação. Nada mais é que limpeza da consciência, uma inutilidade na véspera do fim.

Ou seja, não há sustentabilidade que exclua o humano ao ser feita por empresas, o trabalho é necessário ao ser humano para que ele dê sentido a sua existência, não pode haver sustentabilidade em muitos se matando de trabalhar para a riqueza de poucos.

Obs.: A discrepância salarial é causa de injustiça, mas por outro lado é uma condenação ter de viver apenas para trabalhar, em qualquer empreguinho que se arranje hoje, a pessoa tem de dar tudo de si em nome do compromisso, não sobra tempinho pra ela, e se tiver filhos, nem sobra pros filhos também. Parece um absurdo, mas a renda deveria ser melhor dividida com jornada de 20 horas semanais, se a gente fizer as contas tem emprego pra todo mundo com salários decentes também. Isso é sustentabilidade!

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