Acredito ter sido o texto que o Zé Celso leu, mas atribuiu à Carta Capital, procurei no site da revista e não encontrei nada do Bosi.
Nesse texto do Estadão há a ocorrência única da palavra "transversal".
Mallarmé usava a palavra "atravessar" mais ou menos assim:
O que de melhor ocorre entre um encontro de duas pessoas não pode ser visto por elas, mas por quem as vê, pois atravessa ambas. À essa dimensão damos o nome de "transposição", e a tudo isso chamamos de "estrutura". Citando imperfeitamente de lembrança Julia Kristeva em "História da Linguagem".
"(...) a contraideologia: Algumas de suas formas merecem ser contempladas: a crítica, os trabalhos da ciência e da arte, a autorreflexividade e algumas vertentes libertadoras da vida espiritual e religiosa. (...)" (Alfredo Bosi)
Nesse texto do Estadão há a ocorrência única da palavra "transversal".
Mallarmé usava a palavra "atravessar" mais ou menos assim:
O que de melhor ocorre entre um encontro de duas pessoas não pode ser visto por elas, mas por quem as vê, pois atravessa ambas. À essa dimensão damos o nome de "transposição", e a tudo isso chamamos de "estrutura". Citando imperfeitamente de lembrança Julia Kristeva em "História da Linguagem".
"(...) a contraideologia: Algumas de suas formas merecem ser contempladas: a crítica, os trabalhos da ciência e da arte, a autorreflexividade e algumas vertentes libertadoras da vida espiritual e religiosa. (...)" (Alfredo Bosi)
"(...) Segundo sua conclusão, o discurso ideológico seria sempre elaborado na chave retórica da persuasão. Como Mannheim, o senhor sugere que se desconfie da ideologia?
O pensamento de Mannheim é rico e diferenciado, não podendo ser reduzido a fórmulas estreitas. Para Mannheim, ideologia não é, necessariamente, produção de ideias por uma determinada classe visando sempre a mistificar o próprio poder sob a máscara de verdades universais. Ao lado dessa concepção fortemente valorativa, que descende de A Ideologia Alemã, de Marx e Engels (e que Mannheim em boa parte acolhe), haveria estilos de pensar vigentes em certos grupos sociais e em certos momentos históricos que moldariam este ou aquele tipo social, sem que se possa acusar neles um caráter intrinsecamente fraudulento e mistificador. Mannheim é um dos criadores da sociologia do conhecimento, mas estava consciente de que, se relativizamos todo o nosso saber condicionando-o à nossa classe, ninguém escapará desse determinismo, a começar pelo próprio sociólogo do conhecimento... Para sair do impasse, Mannheim propõe que o intelectual se dedique à percepção dos limites do seu grupo de origem e se coloque em um ângulo crítico que o livraria dos estereótipos da sua classe. É uma esperança.(...)"