Acho que não tem receita nesse caso, depende do momento em que surge a pergunta. As crianças percebem facilmente qualquer fingimento ou artificialidade, o melhor é ser honesto e sincero. As crianças estão com medo, então eu investiria na idéia do diálogo prevenindo a violência, algo assim: "bom falarmos nisso, porque afastamos o fantasma que faz umas pessoas machucarem outras", se da mesma forma eu sentisse o medo na criança, eu diria bastante focado que "ninguém quer fazer mal a ela". Quanto ao conceito específico de morte, eu esperaria ouvir essa palavra, nessa hora, se a pergunta fosse: "o que é morte?", eu responderia que também não sei, e se fosse "o que é matar?", responderia que é tirar a vida de outra pessoa. Acho que terminei minha mensagem. Espero ter sido útil.
Cristian Korny
http://www.radarcultura.com.br/node/14429
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Fumo, Álcool e Drogas Ilicitas
Fumo, Álcool e Drogas Ilícitas. Embora lícito seja sinônimo de legalizado, eu prefiro comparar ambos os conceitos como se fossem diferentes, porque quem defende a propaganda de álcool, não quer se enrolar com os conceitos atribuídos às drogas ilegais.
Quero dizer que o fumo e o álcool não fazem antônimos com as drogas ilícitas, mas estão no mesmo nivelamento, ou seja, são ilícitos também, só não há lei que proíba seu uso, mas a constituição prevê restrições legais à sua divulgação, assim, que tal se anunciasse o álcool apenas nos seus pontos de venda, e em determinados horários?
Ocorreu que na redação do texto de defesa da propaganda de bebidas alcoólicas, foi preciso um conceito que excluísse as outras drogas, mas que são igualmente drogas.
Ilícitas ou não.
Se eu me confundi, houve um motivo. e o motivo é manter o faturamento das empresas de comunicação em detrimento da saúde da população.
Mesmo que para isso se crie uma confusão.
Pois, com os anúncios de cerveja, o valor do segundo que é vendido na televisão é bem mais valorizado, é bem mais alto, e conseqüentemente o lucro também, por haver uma procura maior. Por existirem um número maior de empresas interessadas na compra de espaço publicitário.
Economês básico: quando aumenta a procura por um produto, e a oferta não pode aumentar, então aumenta o preço do produto. O produto que é oferecido aí é o tempo de exibição para um filme publicitário, a oferta é o tempo que a emissora tem disponível, esse se aumentar prejudica a audiência, e a procura é dada pelo número de empresas interessadas em ver seu anúncio veiculado.
Quanto mais empresas, maior o preço, mais lucro.
Não sou contra o lucro, mas acredito em produtos mais importantes econômico-tecnologicamente do que a cerveja.
E o Estado que arque com os custos na saúde pública...
Esses que ganham muito com o mercado de compra e venda de espaços publicitários são minoria, e nem sequer precisam dos serviços do Estado para se preocuparem com isso.
Repito, nem tudo que é legalizado é lícito, porque quando me refiro a lícito estou ampliando a ambrangência moral da questão.
Uma explicação para quem não souber: a publicidade que aparece na televisão para que qualquer um possa ver, desde crianças até idosos, é paga pela empresa que produz o objeto anunciado, e o seu preço é definido pela duração desse anúncio comercial e pela procura de espaço disponível na mídia por quem deseja anunciar, e o valor de cada segundo é mais ou menos o de um apartamento de classe média.
não é pouco não.
http://mitopoiesis.memebot.com/cristian/
Quero dizer que o fumo e o álcool não fazem antônimos com as drogas ilícitas, mas estão no mesmo nivelamento, ou seja, são ilícitos também, só não há lei que proíba seu uso, mas a constituição prevê restrições legais à sua divulgação, assim, que tal se anunciasse o álcool apenas nos seus pontos de venda, e em determinados horários?
Ocorreu que na redação do texto de defesa da propaganda de bebidas alcoólicas, foi preciso um conceito que excluísse as outras drogas, mas que são igualmente drogas.
Ilícitas ou não.
Se eu me confundi, houve um motivo. e o motivo é manter o faturamento das empresas de comunicação em detrimento da saúde da população.
Mesmo que para isso se crie uma confusão.
Pois, com os anúncios de cerveja, o valor do segundo que é vendido na televisão é bem mais valorizado, é bem mais alto, e conseqüentemente o lucro também, por haver uma procura maior. Por existirem um número maior de empresas interessadas na compra de espaço publicitário.
Economês básico: quando aumenta a procura por um produto, e a oferta não pode aumentar, então aumenta o preço do produto. O produto que é oferecido aí é o tempo de exibição para um filme publicitário, a oferta é o tempo que a emissora tem disponível, esse se aumentar prejudica a audiência, e a procura é dada pelo número de empresas interessadas em ver seu anúncio veiculado.
Quanto mais empresas, maior o preço, mais lucro.
Não sou contra o lucro, mas acredito em produtos mais importantes econômico-tecnologicamente do que a cerveja.
E o Estado que arque com os custos na saúde pública...
Esses que ganham muito com o mercado de compra e venda de espaços publicitários são minoria, e nem sequer precisam dos serviços do Estado para se preocuparem com isso.
Repito, nem tudo que é legalizado é lícito, porque quando me refiro a lícito estou ampliando a ambrangência moral da questão.
Uma explicação para quem não souber: a publicidade que aparece na televisão para que qualquer um possa ver, desde crianças até idosos, é paga pela empresa que produz o objeto anunciado, e o seu preço é definido pela duração desse anúncio comercial e pela procura de espaço disponível na mídia por quem deseja anunciar, e o valor de cada segundo é mais ou menos o de um apartamento de classe média.
não é pouco não.
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