domingo, 22 de setembro de 2013

Atravessando

Acredito ter sido o texto que o Zé Celso leu, mas atribuiu à Carta Capital, procurei no site da revista e não encontrei nada do Bosi.

Nesse texto do Estadão há a ocorrência única da palavra "transversal".

Mallarmé usava a palavra "atravessar" mais ou menos assim:
O que de melhor ocorre entre um encontro de duas pessoas não pode ser visto por elas, mas por quem as vê, pois atravessa ambas. À essa dimensão damos o nome de "transposição", e a tudo isso chamamos de "estrutura". Citando imperfeitamente de lembrança Julia Kristeva em "História da Linguagem".

"(...) a contraideologia: Algumas de suas formas merecem ser contempladas: a crítica, os trabalhos da ciência e da arte, a autorreflexividade e algumas vertentes libertadoras da vida espiritual e religiosa. (...)" (Alfredo Bosi)

"(...) Segundo sua conclusão, o discurso ideológico seria sempre elaborado na chave retórica da persuasão. Como Mannheim, o senhor sugere que se desconfie da ideologia?

O pensamento de Mannheim é rico e diferenciado, não podendo ser reduzido a fórmulas estreitas. Para Mannheim, ideologia não é, necessariamente, produção de ideias por uma determinada classe visando sempre a mistificar o próprio poder sob a máscara de verdades universais. Ao lado dessa concepção fortemente valorativa, que descende de A Ideologia Alemã, de Marx e Engels (e que Mannheim em boa parte acolhe), haveria estilos de pensar vigentes em certos grupos sociais e em certos momentos históricos que moldariam este ou aquele tipo social, sem que se possa acusar neles um caráter intrinsecamente fraudulento e mistificador. Mannheim é um dos criadores da sociologia do conhecimento, mas estava consciente de que, se relativizamos todo o nosso saber condicionando-o à nossa classe, ninguém escapará desse determinismo, a começar pelo próprio sociólogo do conhecimento... Para sair do impasse, Mannheim propõe que o intelectual se dedique à percepção dos limites do seu grupo de origem e se coloque em um ângulo crítico que o livraria dos estereótipos da sua classe. É uma esperança.(...)"



Lógica da Mídia, Lógica do Linchamento.

Eu fecho com a civilidade,

Independente do Genuíno ser culpado ou não, a execração pública não deveria ser utilizada em uma democracia, um julgamento sumário executado por uma massa acéfala que nem por isto é inocente, mas se achando acima do bem e do
mal. Arremedo deplorável de senso de justiça. Linchamento público é manada de imbecis. Não é por que o povão, ou seja, a maioria, faz, que passa a ser correto. Eu gostaria que todos aqueles que impuseram uma pena dessas fossem também vítimas de suas consequências. Nos outros é refresco. Talvez por que a mídia esteja acima de tudo neste país que seus donos se sentem protegidos demais para não viverem essa aberração.

"...E se definitivamente a sociedade só te tem
Desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo
És um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
Depois chamam os urubus..."
(Chico Buarque)

Como chegamos nesse ponto?

O ponto de linchar alguém ser justiça, ou de que quem defende um linchado deve ser linchado junto, ou é o prazer de jogar um paralelepípedo no estuporado?? E nem chegamos nisto, pois esse ponto havia sido previsto já em 2005, quando tudo começou, nós partimos disto, mas ninguém quis ouvir...

Como disse alguém há muito tempo e sem internet em casa num ato de suprema coragem e de suprema abnegação enfrentando a turba irascível:
"Aquele que estiver livre de pecado que atire a primeira pedra"
E eu nem sou cristão, mas reconheço a excelência...

 
Pronto, falei!

sábado, 21 de setembro de 2013

Do pouco Que se Diz.

Resumindo: anustra, mossad, pentágono são a composição dos rebeldes sírios de mercenários bancados pelo grupo Biderberg financiado por EUA, Inglaterra e Holanda, entre outros, de olho no gás fóssil da região e respectivos gasodutos.

Não se trata de suspeita de armas nucleares do Irã, nem apenas de petróleo, mas da imposição da globalização, Paquistão, Afeganistão, Líbano, Iraque, e outros, não baixaram a cabeça e foram destruídos, agora é a vez da Síria.

A preocupação maior é sobre a imposição de globalização à India e à China que não desejam se sujeitar à EUA, CEE e Japão, as sedes desse modelo econômico global.

A globalização vem com urbanização, tecnologia, consumo, mas tudo é simulação. Democracia da mídia e da corrupção, tecnologia normativa apoiada da ciência submetida ao mercado, despótica e sem razão, e consumo de ideologia em informacão e objetos à forca.

Tudo devidamente enfeitado de prosperidade, claro, ninguém costuma de lembrar que para menter essa economia é preciso transforma o planeta num deserto. Claro que os mais prejudicados são os mais pobres, pois essa lógica de consumo tem agravado a escassez.

Daqui a pouco vão competir em quem matou menos crianças, o errado não é matar crianças, ou matar seres humanos, ou mutilá-los, mas a contabilidade desse esporte monstruoso. 

Justiça, Just-in-Time.

Sobre a defesa da tal da celeridade da Justiça. Como sempre o principal interesse é privado. Tem gente, poucos deles, que não moram, só circulam. A estes interessa uma justiça 'just-in-time', como consumo a seus serviços. Como um modo de se locupletar.

O objetivo é de instalar o Globalitarismo na esfera da Justiça, junto com o despotismo daquele.

Agora, sempre que vejo o Fux e o Barbosa na tevê, me lembro de que a Globo emprega os filhos deles... Coincidência?
 

Carro, a Arma Inconsciente.

Sabe como se guia um automóvel?

Se o perigo é contra quem está ao volante ou aos seus, se pisa no freio.
Se o perigo é contra um pedestre, ciclista ou motociclista desconhecidos, se aperta a buzina.

Isso nas raras vezes em que se está em movimento.

Desperdício: o Efeito Colateral da Competitividade.

O número de 35% de rango desperdiçado, notícia sempre reescrita, igual à imobilidade urbana nas grandes cidades, tudo pela comodidade e submissão ao relógio despótico da produtividade. Imagine se pudermos ter mais horas livres: menos trânsito e mais rango.

O Politicamente Correto e os Comediantes Inéptos.

Sobre a coerção entre a comédia e o politicamente correto: não é que antigamente todo mundo era mais tolerante, acontece que o mal-estar causado não pautava nada, nem jornais, nem rádio enem tevê. Hoje existe o que não existia, um canal de manifestação...

Criação coletiva.

Isso é coisa de pai, diretores de planejamento publicitários costumam apenas roubar, e aí, nem sonhos, nem dinheiro...

Tem músicos que fazem isso também, como os diretores de planejamento, é claro...

Depois chamam de trabalho em equipe sem autoria individual...

"Capitalismo cognitivo" é um bom nome, mas não entra em detalhes, infelizmente.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

De que preguiça você está falando?

Impressionante como uma sociedade que exige tanto esforço físico se esquece de que existe o esforço intelectual e o esforço moral também, ou seja, educando escravos.