que criou uma engenhoca doida
para pensar e criar no lugar dela
dentro de uma réplica na tela,
deixou aquele mecanismo fatal
substitui-la em toda área da vital,
até que a teoria fosse esquecida,
e fazer conta fosse um mal...
mas ocorreu um imprevisto,
um mero fruto do acaso,
o que ocorreu foi isto,
descrevo-lhe o caso:
um dia, caiu um raio e trovão
na memória lateral da rede
da inteligência artificial
que a apagou, criando o esquecido,
um buraco grande e descabido,
um enorme vazio existencial
na cabeça da máquina de metal.
saíram a procurar em toda nação,
alguém que soubesse dois e dois,
alguém que ainda fizesse conta,
para evitar o colapso da civilização,
que ficou como perdida, tonta,
pois o robô não o sabia mais,
até aquela altura do acontecido,
a quanto, dois e dois era igual?
desconheceu naquele raio e trovão
que rasgou o céu do saber digital,
tampouco o homem ainda conhecia,
o resultado de uma mera soma banal,
há muito tempo não usava a cabeça,
deixava todo o difícil para a máquina,
esqueceu até da básica matemática,
ao perceber que, o fácil, havia esquecido.
o homem havia esquecido,
enquanto brincava de Deus,
criando com um sopro sem tino,
a sua imagem e semelhança,
um espantalho sem alma,
fazendo-o perder a calma,
e as rédeas do seu destino,
e, junto dela, toda a esperança,
pois caiu, sem saber nenhum,
no colapso da civilização,
quando ninguém mais sabia,
como uma mente vazia,
o quanto era dois e dois
e, nem mesmo, um mais um!
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