Faz lembrar a música daquela banda de rock do Brasil.
Este é o centro da questão: Por que chamamos o lugar em que vivemos de meio ambiente?
O meio de vida. Um fim que não termina. O fim que justifica o meio é apenas a beleza de deixar como herança toda essa natureza para nossos descendentes, mas o homem costuma ser induzido pela aparência da palavra de maneira – digamos assim – inconsciente.
Se já é meio ambiente então por que não meia árvore? meio pássaro? meia raposa? Meia árvore que vira móvel e outra metade que apodrece. Meio pássaro que vira fantasia de carnaval e outra metade, padece. Meia raposa sem pele. A qual fim que se pode chegar realizando apenas a metade? E deixa-se a matança prosseguir. Mata a mata atlântica, que já fora floresta... ...e por aí vai.
Acredita-se que muitos têm, ou pelo menos acham que têm, outra metade. Ninguém se sente pleno sem achar a outra “metade da laranja”. Dizia-se na mitologia grega que éramos titans: seres plenos, inteiros, totais. E nós nos tornamos aquilo que somos quando esses titans foram divididos em duas metades pelas fúrias numa guerra ancestral, e sob a órdem de Cronos. Agora nós somos um arremedo do que éramos sempre buscando a completude. Daí vêm o sofrimento. Daí precisamos dizer que o ambiente não é inteiro, é meio ambiente.
Para bom entendedor, meia palavra basta.
Se o sofrimento está na nossa gênese, se uma coisa sem nós é apenas meia coisa. Então porque preservá-la. Ou é só egoísmo a natureza não poder continuar, quando nós inevitavelmente partirmos desse meio? Acontece que nós certamente iremos e algo certamente também ficará. Deixaremos algo para trás.
Deve existir outra dádiva maior que estar consciente até o último momento. Onde não exista dívida, não exista frustração, nem arrependimento. O que é mais perfeito que deixarmos para trás algo melhor do que encontramos. Se tivermos essa generosidade, o Criador será igualmente generoso conosco, por que soubemos respeitar a Suprema Criação, defendendo o ambiente inteiro, os homens, as mulheres, os bichos, as plantas, e – por que não – as pedras, o vento, as nuvens, o azul da terra, o sal da terra, et coetera... . Defendendo um ambiente inteiro, não pela metade.
O que você quer ser?
terça-feira, 2 de agosto de 2005
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Um comentário:
na verdade quem venceu os titãs foi Zeus filho sobrevivente de Cronos que era o governates deles e que também era um titã, filhos do Caos, o criador/ora primeiro/a.
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