sábado, 27 de julho de 2013

Periferia existencial é boa! Daqui à pouco, se não for à missa, não poderá adentrar no refeitório existencial. Dispenso o culto aos deuses da hipocrisia. Prefiro a exclusão existencial a ter de fingir experiência sobrenatural. Auto-sugestão, tô fora!

"Periferia existencial" é um modo de ocultar a maldade e de eximir a responsabilidade daqueles que detém o poder distrital. Periferia social, periferia política, periferia econômica em lugar de apenas a periferia urbana. Uma zona de conforto intelectual.

Quem mais além da Igreja Católica proporia despolitizar a questão da vida nas cidades com um conceito como "periferia existencial"? Mêo koo...  

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pegadinha

Como funciona: a sociedade organizada age em conjunto para isolar alguém, depois de fazê-lo, acusa-o de ter uma opinião isolada, que significa dizer, opinião ignorável, desprezível, desconsideràvel... Cinismo estratégico total, golpismo social. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Um pouco ou quase nada sobre mim

Tem uma coisa que de vez em quando eu preciso repetir, pois não é uma mensagem comum, e nem eu sou lá tão digno de atenção assim de acordo com a sociedade organizada:

Minha situação social, meu fracasso absoluto, não o vejo como uma deficiência, graças à ele eu posso ver perfeitamente quem são as pessoas, ninguém precisa me bajular, ninguém precisa fingir para mim. Nada disso, todos, até os indigentes, soltam seus verdadeiros eus frente a mim. Isso dá uma segurança animal! Segurança que eu escondo para que os primatas não me devorem vivo.

É além do que dizem sobre crises e amizades, que são nas crises que conhecemos nossos verdadeiros amigos, não, é mais, nas crises, que podem durar até a morte, sem direito à salvação eterna, nelas vemos quem realmente são nossos pais, parentes, tios, primos, irmãos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho ou de maconha, todos, e tudo fica muito claro, coisas, relações, linguagem, propaganda, mentiras, claro, se você conseguir superar (o que nem é difícil) seu próprio umbigo.

Muito natural. Não me envergonho, não compactuo com a lavagem cerebral do sucesso acima de tudo, ou da autopiedade que se desejam ver nos frustrados. Como disse Atreiu no Filme "A Historia Sem Fim" frente a Gmork (o lobisomen) e encurralado por ele: "Se quiser me pegar, tem de me pegar lutando".

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Pimba na gorduchinha!" (Osmar Santos)

Esporte é futebol e futebol é linguagem. Em especial, a dissertação: introdução das equipes e bola em jogo, desenvolvimento: linha de passe, e conclusão: golaço! Eu quero é ver conclusão nessa redondinha gostosa. (Peraí). O assunto é esporte, e sem empate.

Cabeça vazia, oficina do diabo.

Uma verdade bombástica sobre esse grande desconhecido mais conhecido como cérebro. E se cada neurônio é uma forma diferente de pensamento? Se justificaria a máxima zen: mente vazia. Não eleja um modo de pensar antes de precisar dele. Quanto aos 10%, se for pro garçom, tudo bem. Se for pra político, aí tá flood. Se for os 10% de sua cabeça animal, está provado que o ser humano usa dois terços do seu cérebro só pra se movimentar, então, faça as contas...

F.A.M.: A mente é uma função endócrina: é composta da justa mistura dos hormônios melatonina (yin) e serotonina (yang) formando uma bolha invisível ao pet-scan. Apenas com o advento da razão (na adolescência) é criada uma fenda por onde escapa serotonina, alterando a captação do neuro-transmissor dopamina, que migra do lobo temporal esquerdo para o lobo frontal. Todo homem pseudo-civilizado é bipolar, só que com ciclagem rápida e amplitude baixa. A "borboleta da alma" (Santiago de Ramón y Cajal) não está no neurônio, mas no coração.8)

C.K.: A mente e o cérebro eu vejo como conceitos diferentes.

O cérebro é como uma biblioteca de babel, um labirinto minóico, um castelo infinito, que ao abrirmos as portas, encontramos novos cômodos com novas portas, para outros cômodos com mais portas, e d
esse modo trilhões e trilhões de vezes. De maneira que a ponte entre bioquímica e significação é uma hipótese com probabilidade ínfima de ser confirmada.

Outro dia um neurocientista sério, quero dizer, não-ideológico, usou uma explicação semelhante.


F.A.M.: Já está na hora de finalizar a neuro-ciência e começar a hemo-ciência: o que me espanta é a completa negligência à hemoglobina e sua capacidade de reter memória no grupo heme, de ferro. Parkinson é falha no cérebro (sensório-motor), mas Alzheimer é falha no sangue (mnemônico).

C.K.: Sabe o que é? Esse desleixo que com tanta propriedade você se refere, Fábio Aurélio Miranda?

Uma motivação ideológica:

Acreditar que o cérebro é o chefe do corpo todo dá asas ao corporativismo, como alguém que está lá em cima providenciando para que
tudo dê certo pra todos, uma espécies de paradigma associando o corpo humano à sociedade humana dominada por empresas, megacorporações.

Isto vai de encontro ao paradigma do sangue que é mais horizontal, por sua vez mais democrático, baseada na liberdade de movimentação que tem a hemoglobina, imagina se essa organização social baseada no acúmulo de capital vai ficar à vontade com um discurso de horizontalidade e de liberdade de pequenas células que nem núcleo têm...

Não é ciência, cara, infelizmente, é propaganda!


F.A.M.: 8) (Y)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Uma questão incômoda:

Quando se faz uso da palavra "acesso", especificamente, em acesso à cultura, costuma ser na conotação de acesso da população à plateia, em papel de público (quase digitei "em papel de súdito").

Eu queria questionar essa rigidez de papeis sociais em nossa vida social!

Existe outro modo de se usar essa palavra, como acesso de artistas aos palcos, não só aos palcos físicos, reais, teatro, dança, música, etc... mas também aos meios de divulgação.

É uma questão delicada, porque envolve em como se dão os processos de legitimação dos criadores em nossa sociedade, o que envolve a permissão destes em criarem e fazerem de sua arte o seu meio de vida, as permissões que isto envolve, a segurança estratégica traçada pelos grupos dominantes (classe artística ou não), e a necessidade de controle instrumental e ideológico daquilo que pode tirar o tão necessário condicionamento da sociedade,

Acontece que esse modo de operar precisa se adequar ao dado novo que é a web.

E, é bom que se diga, a arte quase nunca age em um sentido desagregador, pois que, para se ser desagregador, ninguém precisa ter um trabalhão de construir algo para sê-lo. Ou construir para destruir. Embora eu divide que seja realmente possível uma arte efetivamente desagregadora, apesar dos apelos do politicamente correto, e seu gêmeo, o politicamente incorreto... Mas essa é outra história que deve ficar para outra ocasião.

Então, por que tantas amarras, proibições, controles, tantos proscritos e tantos apócrifos?

Juro por deus

Juro não lhe discriminar por sua aparência, nem ser preconceituoso, seja pela cor da sua pele, seja pelas suas roupas, nem mesmo por aparência, seja ela qual for. Ou mesmo que você use máscara!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Arte de errar do errante virtual

Descobri o segredo de permanecer em redes sociais: o sacrifício da razão, não da racionalidade, mas do ter-se razão, se a gente renunciar a esse poder, a vida virtual terá um brilho à mais. Mais uma da série: fácil de se falar, difícil de se fazer.

Se trata de desencanar com os erros, o que não é errar à vontade, mas errar com critério. Talvez essa seja a única realidade possível do aprendizado contínuo que é a web. Mas, não despreze a herança cultural humana, livros, conhecimento, por exemplo.

Hegemonia só pode a minha

Não venha criticar o discurso hegemônico propondo outro tipo de hegemonia. Sou contra qualquer hegemonia. Observem que qualquer discurso hegemônico, com peso de enunciado, não prescinde da demonização da loucura. Por exemplo.

Gramatemúsica

Entendo quando se diz que música é matemática, eu prefiro dizer que música é gramática, porque não existe uma solução apenas. O que talvez não exista nem em matemática. Mas logo gramática essa coisa chata? Então, aí mora a beleza da criação.

Política tautológica da convivência

Política é a arte da convivência, convívio familiar, convívio social, convívio histórico, casamento, namoro, amizade, trabalho, tudo isso é política. Deriva de polis que também é etimologia de polícia (que zela pela convivência) e de polidez (os hábitos de ouvir e ser ouvido), então o que todos vocês estão fazendo nesta atualização é política, mas o que temos visto, no entanto, seja causado por políticos, ou causado por empresários, é a deterioração das convivências, intencional ou não. Por não termos em mente o que é política de fato, pois política não é uma profissão, é sim algo inerente ao ser humano. Essa deterioração só é boa pra quem tem muito poder, e não quer dividir, nem ser controlado, quem, aliás, costuma conviver muito bem com seus pares.

A questão da direita, da esquerda e do centro, eu prefiro qualificar as ações e não as pessoas. Uma ação de direita procura conservar, manter como está, o que nem sempre é ruim, por exemplo, continuar vivo é bom. uma ação de esquerda procura modificar, alterar, mudar, por exemplo, mais igualdade social é bom. O centro eu não acredito que exista, pois não pode ser associado a interesse nenhum, e em seres humanos não existe esse negócio de interesse nenhum, todos precisamos nos alimentar, nos vestir, morar, etc...

E ideologia é algo que o ser humano também produz, pois ideologia é um campo de negociação dessa convivência (política), mas é essencial que ela não se enrijeça, perca sua capacidade de encampar novidades, alteridades, e modificações. Não há como pensar o real (enunciado), nem como falar (símbolo) sem se usar de uma ideologia. Esse discurso que diz ser a favor de honestidade contra a corrupção, pela racionalização dos gasto públicos, menos imposto, pelo fim das desigualdades, mais liberdade, prisão dos políticos, redução da maioridade penal, contra a política que está aí. Embora se afirme sem ideologia, é ele profundamente ideológico, e até suspeito, pois afirma um desinteresse que não pode existir de fato.

Tudo isso é uma ideologia também, e não é apolítica como quer ser para não entrar no mesmo barco dos "políticos". Essa ideologia foi criada pela mídia, mesmo que pareça estar contra ela! São décadas martelando essa despolitização na audiência, e, pelo que parece, funcionou. Acontece que nem sempre tivemos consciência disto.
 

Afinal

Seleção Brasileira versus Seleção Espanhola é algo como Cairós versus Cronos, mais Clássico que Católico.
 

Somos uns neuróticos!

Alanos, Anglos, Alamanos ou Suábios, Burgúndios ou Borgúndios, Cartagineses, Celtas, Francos, Frísios, Germanos, Godos, Ostrogodos, Visigodos, Hérulos, Hunos, Lombardos, Lusitanos, Rúgios, Saxões, Suevos, Tribos Teutônicas, Vândalos, Vikings do mundo, uní-vos!!!!

Mais no sentido de que prefiro os bárbaros ao Império Romano inteiro!

Compreensão

Cara, estou evitando falar do que eu não entendo, está difícil, andei descobrindo que não entendo nada, mas acho isso normal.

Alienação

Cara, talvez eu seja um alienado, talvez não seja possível existir uma ideologia além das existentes, o que é bastante plausível, pois uma ideologia não é uma criação pessoal, mas coletiva. Estou tão perdido quanto todo mundo que não tem mais certeza. Mas não pretendo enlouquecer por isso. Nem apelar.
 

Conta de Fatos

A Classe Média brasileira é como uma Bela Adormecida que carece de um beijo para despertar, mas não do beijo de um Príncipe Encantado, ela carece mesmo é do beijo de um Plebeu. O Gigante é uma outra história que ficará para ser contada em outra ocasião...
 

O Incabível

O ofício da escrita é árduo de passar quase uma hora meditando o remorso de ter esquecido uma vírgula, ou de ter usado o pronome relativo incabível, mas vale quando se sabe que ao final deste agreste há um cajueiro...