quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cabeça vazia, oficina do diabo.

Uma verdade bombástica sobre esse grande desconhecido mais conhecido como cérebro. E se cada neurônio é uma forma diferente de pensamento? Se justificaria a máxima zen: mente vazia. Não eleja um modo de pensar antes de precisar dele. Quanto aos 10%, se for pro garçom, tudo bem. Se for pra político, aí tá flood. Se for os 10% de sua cabeça animal, está provado que o ser humano usa dois terços do seu cérebro só pra se movimentar, então, faça as contas...

F.A.M.: A mente é uma função endócrina: é composta da justa mistura dos hormônios melatonina (yin) e serotonina (yang) formando uma bolha invisível ao pet-scan. Apenas com o advento da razão (na adolescência) é criada uma fenda por onde escapa serotonina, alterando a captação do neuro-transmissor dopamina, que migra do lobo temporal esquerdo para o lobo frontal. Todo homem pseudo-civilizado é bipolar, só que com ciclagem rápida e amplitude baixa. A "borboleta da alma" (Santiago de Ramón y Cajal) não está no neurônio, mas no coração.8)

C.K.: A mente e o cérebro eu vejo como conceitos diferentes.

O cérebro é como uma biblioteca de babel, um labirinto minóico, um castelo infinito, que ao abrirmos as portas, encontramos novos cômodos com novas portas, para outros cômodos com mais portas, e d
esse modo trilhões e trilhões de vezes. De maneira que a ponte entre bioquímica e significação é uma hipótese com probabilidade ínfima de ser confirmada.

Outro dia um neurocientista sério, quero dizer, não-ideológico, usou uma explicação semelhante.


F.A.M.: Já está na hora de finalizar a neuro-ciência e começar a hemo-ciência: o que me espanta é a completa negligência à hemoglobina e sua capacidade de reter memória no grupo heme, de ferro. Parkinson é falha no cérebro (sensório-motor), mas Alzheimer é falha no sangue (mnemônico).

C.K.: Sabe o que é? Esse desleixo que com tanta propriedade você se refere, Fábio Aurélio Miranda?

Uma motivação ideológica:

Acreditar que o cérebro é o chefe do corpo todo dá asas ao corporativismo, como alguém que está lá em cima providenciando para que
tudo dê certo pra todos, uma espécies de paradigma associando o corpo humano à sociedade humana dominada por empresas, megacorporações.

Isto vai de encontro ao paradigma do sangue que é mais horizontal, por sua vez mais democrático, baseada na liberdade de movimentação que tem a hemoglobina, imagina se essa organização social baseada no acúmulo de capital vai ficar à vontade com um discurso de horizontalidade e de liberdade de pequenas células que nem núcleo têm...

Não é ciência, cara, infelizmente, é propaganda!


F.A.M.: 8) (Y)

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