quinta-feira, 18 de julho de 2013

Um pouco ou quase nada sobre mim

Tem uma coisa que de vez em quando eu preciso repetir, pois não é uma mensagem comum, e nem eu sou lá tão digno de atenção assim de acordo com a sociedade organizada:

Minha situação social, meu fracasso absoluto, não o vejo como uma deficiência, graças à ele eu posso ver perfeitamente quem são as pessoas, ninguém precisa me bajular, ninguém precisa fingir para mim. Nada disso, todos, até os indigentes, soltam seus verdadeiros eus frente a mim. Isso dá uma segurança animal! Segurança que eu escondo para que os primatas não me devorem vivo.

É além do que dizem sobre crises e amizades, que são nas crises que conhecemos nossos verdadeiros amigos, não, é mais, nas crises, que podem durar até a morte, sem direito à salvação eterna, nelas vemos quem realmente são nossos pais, parentes, tios, primos, irmãos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho ou de maconha, todos, e tudo fica muito claro, coisas, relações, linguagem, propaganda, mentiras, claro, se você conseguir superar (o que nem é difícil) seu próprio umbigo.

Muito natural. Não me envergonho, não compactuo com a lavagem cerebral do sucesso acima de tudo, ou da autopiedade que se desejam ver nos frustrados. Como disse Atreiu no Filme "A Historia Sem Fim" frente a Gmork (o lobisomen) e encurralado por ele: "Se quiser me pegar, tem de me pegar lutando".

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