terça-feira, 18 de junho de 2019

minha pobreza tal é

direitos não posso dar,
matéria de conquistar,
dinheiro não devo ter,
viver, matar ou morrer.

ninguém vai na caridade,
a gente quer dignidade
pra manter nosso lar,
pra si mesmo se cuidar.

ói, meu presente melhor
está dentro, num segredo,
que ouvido quase sem medo
abre os portais do amor.

agarra aqui tuas asas,
as asas da imaginação
cicatrizando o coração,
ferido por rasas guarras.

coração de suor vendido,
sem tua força de marido,
ali de recém-nascido,
serás, enfim, redimido.

pow, acorda coração alado!
e voa-voa, vai ao nosso lado,
muitão cheião de emoção,
até o talo transbordado.

voz a voz encantado,
no fim, sempre tem um sim,
simplesmente assim,
porque nunca teve fim.

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