sábado, 27 de janeiro de 2018

Jus Primae Noctis (Direito da Pernada).


Era uma vez, um homem chamado Bate-Moço, ele tinha uma esposa linda a Moça-Gato. Um amigo, o Super-Cara, se queixava de não conseguir namorada, sabe daquela lei chinesa, quem muito procura não pode escolher?

Então, Bate-Moço disse que poderia ajudá-lo. O Super-Cara ficou contente com o encontro às cegas arrumado pelo Bate-Moço. Era Moça-Maravilha, lindeza, inteligencia e educação. Super-Cara ficou muito feliz, encantado, mas...

Em pouco tempo, Bate-Moço estava com as duas. Fora apenas uma jogada esportiva, o Bate-Moço usou o Super-Cara para poder trazer para perto a Moça-Maravilha e pegá-la sem que sua esposa, a Moça-Gato, desconfiasse. Como pegou, não sem antes fazer um filho na Moça-Gato. Por garantia.

Super-Cara se desmanchou, quase enlouqueceu, não passava de um corta-luz, um cone-de-treino, um nada...

Não sabia como agir, se dizia à Moça-Gato da traição ou não, afinal, era amigo de todos antes do casamento e tals. Ou era apenas um objeto com o objetivo de virar furúnculo nas mãos do Bate-Moço. Dilema moral de início da idade adulta.

Bate-Moço ofereceu outro encontro às cegas, agora, com Mulé-Anêmona, uma dessas encalhadas do meio social do Bate-Moço que inverte todas as leis do Machismo. E assedia. Enfim, um nojo moral só. 

Chega de encontro às cegas, não é?

Super-Cara teve que fugir. Afinal, tudo o que Bate Moço queria era uma esposa bonita para Super-Cara de maneira que Bate-Moço pudesse dar pernada em Super-Cara sempre que quizesse. Sabe, aquele imposto da Idade Média? O Direito da Primeira Noite ou Direito da Pernada? Em que o Suserano come a esposa do vassalo na primeira noite? Pois é, seria isso e sempre, não apenas na primeira noite, e com exigência de segredo, afinal, toda a vida de Super-Cara estava cercada pelo modo de vida desse poderoso político ou empresário Bate-Moço, e se Super-Cara quisesse viver, seria assim.

Essa é uma fábula vultosa rodrigueana sem nenhum contato com a realidade brasileira da máfia no poder, aonde não existem super-heróis.

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