sábado, 26 de agosto de 2017

Eu tentando me vender.

APRESENTAÇÃO
Queria indicar que tenho o diagnóstico de esquizofrenia, mas não é o diagnóstico que mais me prejudica, é o estigma. A idade e essas dificuldades me impedem de acessar o mercado de trabalho. Aproveito o desemprego para estudar. Ler é meu melhor passatempo. Mas, eu tenho a música, minha chance de ser alguém, estão lá no site qryz.net (http://www.qryz.net). Tenho criatividade, inteligência e sensibilidade, e a capacidade de usar de qualquer forma de expressão para mandar uma mensagem. A propaganda, em geral, está tentando uma ruptura com sua linguagem para melhor atingir seus públicos, tentando se valer da poesia para vender alguma ideia, produto ou serviço,  e reconquistá-lo, pois, foi mesmo sobre isso o meu TCC, em 1998, pelo curso de Publicidade e Propaganda da ECA-USP. Estudei também por quatro anos Arquitetura na FAU-USP. As duas referências que estou oferecendo são meu último trabalho com renda e meu único trabalho formal assinado que estão na seção REFERÊNCIAS, abaixo, neste documento.

MOTIVAÇÃO
Quase 70 anos depois, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é quase uma poesia. Para quem é demasiado humano ou não.

Entendo a ênfase na comunicação para direitos humanos como marketing social, visando a preservação da sociedade a longo prazo. Não é ela apenas benéfica, como também é recomendável. Temos, hoje, uma dificuldade que  também é uma oportunidade: O público está sensível às questões de preconceito, e pouco importa qual a orientação individual de cada um, ou, isso é, ao mesmo tempo, tudo o que mais importa. As discussões sobre preconceito, esse grande debate nacional, por mais exacerbado que esteja, é ainda a demonstração real e efetiva de que há uma oportunidade viva. A questão dos Direitos Humanos está espontaneamente em pauta nas discussões sobre preconceito, sobre inclusão social, sobre valores humanos. Trata-se de uma oportunidade histórica que está sendo nos dada pelas internet e pelas redes sociais.

É para todo mundo... Um fato curioso é a crença da maioria na manipulação como forma de comunicação, essa manipulação de todos contra todos, seria a solução para se conseguir o que se quer, o desejo de satisfazer a sua necessidade de compartilhar a própria existência.

Aprendemos, sem querer, com a grande mídia corporativa, que manipular seria a solução, embora seja, tal forma de comunicação, uma instrumentalização perigosa da vida do outro. Não podemos enganar a todos todo o tempo. Ninguém gosta de perceber que foi manipulado. Na maioria das vezes, esclarecer é o suficiente, a partir daí, cada um tem a liberdade de escolher seu próprio caminho. Ser honesto e claro é o melhor caminho. Promover o encontro com o outro, com aquele que foi excluído, é o caminho que podemos escolher.

O pensamento único, impor um único padrão de comportamento, por mais bem intencionado que seja, leva à falência da comunicação, esvazia as palavras e, como consequência, leva ao conflito generalizado. Eu prefiro confiar nas pessoas. O encontro com o outro nunca é confortável. Mas, se o ser humano necessita naturalmente deste encontro, é um novo mundo de verdade que está aí. E pode ser aqui e agora, com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Vamos nos lembrar, a declaração foi feita em 1948 como esperança e otimismo para que os horrores da Segunda Guerra Mundial não se repetissem, horrores como as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, os campos de extermínio Nazistas, o Fascismo, o Stalinismo, as milhões de mortes, as cidades destruídas, a fome, a doença, os refugiados, enfim, quem não conhece a história está condenado a repeti-la.

A situação de nossas discussões públicas é talvez calamitosa, mas é justamente por este motivo que se trata de uma oportunidade, pois não é estritamente necessário que o ambiente virtual crie um ambiente real a sua imagem e semelhança. Neste ponto, entra a comunicação, criar uma demanda simbólica pelos Direitos Humanos. Assim, a discussão com o acento que vemos em preconceitos é bastante oportuna, porque traz nela a demanda por esclarecimento. Esclarecer é dar significado, é fazer sentido,  propondo uma comunicação transparente nessa direção, confiando na capacidade de cada um, sem manipulação ou paternalismo, e, nem mesmo, se gabando pela iniciativa.

Uma estratégia que faça desta oportunidade uma realidade se faz, hoje, necessária, a História urge por ela. O argumento pode se espalhar por si só.

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