A civilização grega em sua tragédia clássica oferecia em sacrifício um bode vivo a Dionísio. Não me chamem de parnasiano, mas, em nossos dias, a civilização do melodrama oferece em sacrifício vivo seres humanos ao deus do consumo, deidade da chantagem e do moralismo. Ocorrendo em escolas, em favelas, em clubes, em hospitais, em prisões, em condomínios, em vilas, em todos modos urbanos, sem exceção, com exceções. Um dia explicarei a primeira lei da reversibilidade de Baudrillard, como expliquei pro oráculo hoje. Pois eu prefiro estar morto quando todos acordarem para esse holocausto cotidiano e renitente, com seus séculos de sangria para o deleite de infatilóides da dominação. Tudo deve ruir mesmo.
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