quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Quase Manifesto Artístico.

Disseram: o cinema é a arte do diretor, o teatro é a arte do ator, e a televisão é a arte do anunciante, disseram tanta asneira, enfim... A música, a poesia e o teatro são arte da plateia. Não gostou? vá ao consumo que é a arte do sucesso. Tchau & Bênção!

Toda arte que se preze tem compromisso com sua plateia, o resto é disputa de vaidade.

Tudo se resume ao meu ancestral cansaço em cativar leigos para me fazer na vida, sem essa, sou anarcristian demais para exercer dominação acima da liberdade de cada qual. E liberdade de expressão é liberdade sem exceção. Abaixo a dominação!!!

É esse meu pudor em usar outras pessoas que me condena à indigência. Como li há pouco: "Enquanto não encontrei a pessoa certa, me divirto com a errada". Com a excelente conclusão de que quem faz isso é a pessoa errada usando os outros. Os usáveis. Os leigos. Os trouxas.

Todos sabem, mas fingem desconhecer que riqueza imaterial produz riqueza material. E isso depende de sua capacidade de mobilizar leigos/público/fãs/plateia em torno de um sistema de símbolos. Então, como eu posso chegar à algum lugar renunciando a esse sistema? Pois é, medo e insegurança em relação ao futuro.

Não sou fatalista, deve haver uma saída, tenho alguns neurônios sobrando. Marx não pensou me tudo. Espero.

Afirmo: Quem quiser me roubar, tudo bem, mas não me jogue fora, bem como, quem quiser me jogar fora, não me roube. É tudo o que peço.

A arte é do mundo é da vida e é da linguagem ou não é de ninguém. O resto é posse de dinheiro e de pessoas e de poder. A arte é de todos ou não é de ninguém. É nosso acordo sobre a realidade da irrealidade e nosso acordo sobre a irrealidade da realidade.

A arte é uma viagem e uma parada. É uma loucura lúcida. Um movimento em repouso. Um repouso de trabalho árduo. Sintoma e símbolo. Não há limites pra sua empreitada. Tudo já foi dito, como sempre, mas a beleza está em dizer de novo pra renovar nosso mundo embotado. Inté.

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