domingo, 28 de agosto de 2011

cry wolf

"Queria me expressar sobre este terrível costume dos paulistanos de aplaudir de pé qualquer porcaria"
Era essa a idéia que ouvi numa palestra sobre teatro...

"Cry wolf" é uma situação:

Um menino gritava de um estábulo, dizia estar sendo atacado por um lobo. Vieram acudi-lo e era mentira queria apenas chamar a atenção.

Um dia realmente um lobo apareceu, o menino gritou, gritou, mas ninguém veio em sua ajuda, foi devorado pelo lobo.

"Cry wolf" é o nome desta situação.

Um dia estava no cinema assistindo Mulan/Disney, e em determinadas cenas aplausos bem suaves eram ouvidos. Eu pensava qual a razão destes aplausos? Se no cinema é uma fita que roda? Simples ter começado a aplaudir junto: Existem funcionários no cinema que o mantém limpo, vendem pipoca, recebem os bilhetes ou fazem a fita girar.

Aplausos.

É simples como o tom de voz. A velocidade das palmas, a intensidade das palmas, o ritmo, podem transmitir sentimentos...

Um dia aplaudi uma peça sem me levantar, ninguém se levantou, como apludissemos Mulan, simples e baixinho como se sussurassemos o quanto havíamos gostado.

Outra vez um show em homenagem à Vinícius de Morais, as palmas acompanhavam a canção, aplauso de pé e no ritmo.

Podemos aplaudir em número específico de vezes: Esta peça merece sete palmas, esta merece três, esta merece uma bem forte como um soco, etc...

Também pode-se usar outras formas: bater na mesa, estalar os dedos, assoviar, gritar, urrar, vaiar, etc...

Uma vez vi uma peça, fiquei louco, ou já estava predisposto, levantei aplaudi e quase caí, se fosse mulher desmaiava, saí cambaleando, a peça nem deveria ser tão boa, mas eu gostei.

Se alguém acha necessário aplausos em pé que fique de pé, mas não precisa ser seguido por toda a platéia...

Se for para entrar numa peça já sabendo que no final vou aplaudir de pé mesmo sem entender, ou sentir 'lhufas'. Talvez seja razoavel o aparecimento das claques estampadas: PALMAS.

Por que aplaudir de pé não é nem para todos os espectadores muito menos para toda a obra.

De pé, frente ao final de qualquer coisa é "Cry wolf", um dia alguém verá a peça de sua vida e para demonstrar talvez só trazendo abaixo o teatro. Destruição total. Ninguém tem mais discernimento.

Então vou rir de qualquer bobeira só para variar, ou me sentir normal.

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