domingo, 28 de setembro de 2014

Persona.

"O tiranos e os corruptos são profundos conhecedores da burocracia. A burocracia não existe para impedir a corrupção como se afirma. A burocracia existe para reservar a poucos o acesso à riqueza que jura proteger." (Macbeth)

Persona.

"Aprendi mímese com o boneco. Não é se opor ou copiar estando de e por fora. Não! É tão somente se opor de dentro, sofrendo das mesmas determinações que todos no mesmo ambiente hostil do qual se é parte integrante. E nada há para dizer que possa mudar qualquer coisa. É ser e não-ser juntos e nada mais. Tortura na doçura, ou doçura na tortura, sei lá." (Pinochio)

Persona.

"Acontece que, se o homem não for machão, muitas mulheres pensarão que ele é gay. Nada contra os gays, mas a gente ser tomado pelo que é, e não ser tomado pelo que não é, consiste numa questão fundamental da identidade." (Narciso)

Leituras.

Estava lendo o Dario Fo. Estou ouvindo Aerosmith. O ator tirou onda dos cantores de rock. Ele disse que os roqueiros não têm voz, é tudo uma farsa microfonada. Eu me pus a imaginar o Stephen Tyler sem microfone e ri um pouco. Tudo efeito. Mas e a arte, não é puro efeito? Uma epifania da madrugada.

Poucos em Direitos Autorais, Quase Todos em Domínio Público.

É o seguinte: ou todo mundo no regime de direitos autorais, ou todo mundo no regime de domínio público. Esse negócio de uns poucos no regime de direitos autorais, e a maioria acachapante no regime de domínio público já está dando ódio. Por que existe um clã de iluminados que se apropria de tudo o que é bem simbólico para seu desfrute autoral, enquanto um montão de anônimos não pode colher o que eles próprios possuem? Tá errado isso, todos podem ver.

Eu sou favorável a regime de direito autoral para todos, pois, caso seja regime de domínio público para todos, quem tiver mais mídia, mais recursos, mais meios de produção e mais representação social é que enriquecerá, enquanto a mente criativa vai à miséria material. Domínio público para todos é domínio público para os políticos. Direitos autorais para todos é perfeitamente possível numa sociedade informatizada.

Se a riqueza for acessível ao criadores, talvez possa mos viabilizar a tal da economia criativa.