quinta-feira, 24 de julho de 2014

Público, Privado, ou, Simplesmente, Civilizado.


A questão não é se as redes sociais são públicas ou se são privadas, mas se as empresas têm o direito de acessar as informações nelas presentes para benefício próprio, pois, no limite, isso significa ter o direito de fazer quaisquer tipos de ingerências na vida do funcionário, como, por exemplo, quem devem ser seus amigos, com quem deve se casar, o que pode vestir, se pode ou não trabalhar, com quem tem de fazer sexo, etc...

Quanto ao resto, ao chamado Estado de Direito Democrático, limitar o direito de liberdade de expressão com um conceito arbitrário de "responsabilidade" ou de "equilíbrio", é uma postura infantil perante a uma discussão saudável que pode ocorrer em sociedade para bem de todos, não apenas para o bem das empresas.

Se as empresas querem ter uma imagem irretocável, que se comportem de maneira irretocável também, o mesmo para as pessoas. E as empresas, que são muito mais poderosas que os indivíduos, não têm o direito de fazer listas de pessoas que podem ou que estão proibidas de trabalhar e de ter vida econômica,

Sanções econômicas contra pessoas, por causa do que ela diz ou pensa, devia ser proibido, mas não é. Curioso, não?

Depois, quando se prendem ativistas, por destruição do bem público ou privado, evocam o tal do Estado Democrático de Direito para prendê-los, mas no caso de líderes empresariais que embargam pessoas proibindo-as de ter seu ganha pão. Ah, isso ninguém comenta...

Especialistas dão dicas de como se comportar nas redes sociais. Fonte: Jornal Hoje.