quarta-feira, 3 de julho de 2013

Arte de errar do errante virtual

Descobri o segredo de permanecer em redes sociais: o sacrifício da razão, não da racionalidade, mas do ter-se razão, se a gente renunciar a esse poder, a vida virtual terá um brilho à mais. Mais uma da série: fácil de se falar, difícil de se fazer.

Se trata de desencanar com os erros, o que não é errar à vontade, mas errar com critério. Talvez essa seja a única realidade possível do aprendizado contínuo que é a web. Mas, não despreze a herança cultural humana, livros, conhecimento, por exemplo.

Hegemonia só pode a minha

Não venha criticar o discurso hegemônico propondo outro tipo de hegemonia. Sou contra qualquer hegemonia. Observem que qualquer discurso hegemônico, com peso de enunciado, não prescinde da demonização da loucura. Por exemplo.

Gramatemúsica

Entendo quando se diz que música é matemática, eu prefiro dizer que música é gramática, porque não existe uma solução apenas. O que talvez não exista nem em matemática. Mas logo gramática essa coisa chata? Então, aí mora a beleza da criação.

Política tautológica da convivência

Política é a arte da convivência, convívio familiar, convívio social, convívio histórico, casamento, namoro, amizade, trabalho, tudo isso é política. Deriva de polis que também é etimologia de polícia (que zela pela convivência) e de polidez (os hábitos de ouvir e ser ouvido), então o que todos vocês estão fazendo nesta atualização é política, mas o que temos visto, no entanto, seja causado por políticos, ou causado por empresários, é a deterioração das convivências, intencional ou não. Por não termos em mente o que é política de fato, pois política não é uma profissão, é sim algo inerente ao ser humano. Essa deterioração só é boa pra quem tem muito poder, e não quer dividir, nem ser controlado, quem, aliás, costuma conviver muito bem com seus pares.

A questão da direita, da esquerda e do centro, eu prefiro qualificar as ações e não as pessoas. Uma ação de direita procura conservar, manter como está, o que nem sempre é ruim, por exemplo, continuar vivo é bom. uma ação de esquerda procura modificar, alterar, mudar, por exemplo, mais igualdade social é bom. O centro eu não acredito que exista, pois não pode ser associado a interesse nenhum, e em seres humanos não existe esse negócio de interesse nenhum, todos precisamos nos alimentar, nos vestir, morar, etc...

E ideologia é algo que o ser humano também produz, pois ideologia é um campo de negociação dessa convivência (política), mas é essencial que ela não se enrijeça, perca sua capacidade de encampar novidades, alteridades, e modificações. Não há como pensar o real (enunciado), nem como falar (símbolo) sem se usar de uma ideologia. Esse discurso que diz ser a favor de honestidade contra a corrupção, pela racionalização dos gasto públicos, menos imposto, pelo fim das desigualdades, mais liberdade, prisão dos políticos, redução da maioridade penal, contra a política que está aí. Embora se afirme sem ideologia, é ele profundamente ideológico, e até suspeito, pois afirma um desinteresse que não pode existir de fato.

Tudo isso é uma ideologia também, e não é apolítica como quer ser para não entrar no mesmo barco dos "políticos". Essa ideologia foi criada pela mídia, mesmo que pareça estar contra ela! São décadas martelando essa despolitização na audiência, e, pelo que parece, funcionou. Acontece que nem sempre tivemos consciência disto.
 

Afinal

Seleção Brasileira versus Seleção Espanhola é algo como Cairós versus Cronos, mais Clássico que Católico.
 

Somos uns neuróticos!

Alanos, Anglos, Alamanos ou Suábios, Burgúndios ou Borgúndios, Cartagineses, Celtas, Francos, Frísios, Germanos, Godos, Ostrogodos, Visigodos, Hérulos, Hunos, Lombardos, Lusitanos, Rúgios, Saxões, Suevos, Tribos Teutônicas, Vândalos, Vikings do mundo, uní-vos!!!!

Mais no sentido de que prefiro os bárbaros ao Império Romano inteiro!

Compreensão

Cara, estou evitando falar do que eu não entendo, está difícil, andei descobrindo que não entendo nada, mas acho isso normal.

Alienação

Cara, talvez eu seja um alienado, talvez não seja possível existir uma ideologia além das existentes, o que é bastante plausível, pois uma ideologia não é uma criação pessoal, mas coletiva. Estou tão perdido quanto todo mundo que não tem mais certeza. Mas não pretendo enlouquecer por isso. Nem apelar.
 

Conta de Fatos

A Classe Média brasileira é como uma Bela Adormecida que carece de um beijo para despertar, mas não do beijo de um Príncipe Encantado, ela carece mesmo é do beijo de um Plebeu. O Gigante é uma outra história que ficará para ser contada em outra ocasião...
 

O Incabível

O ofício da escrita é árduo de passar quase uma hora meditando o remorso de ter esquecido uma vírgula, ou de ter usado o pronome relativo incabível, mas vale quando se sabe que ao final deste agreste há um cajueiro...