sábado, 10 de setembro de 2011

ideia de audiovisual para direitos humanos

Título: Vá Procurar sua Turma!

Trata-se de uma animação com bonecos de palitinho, esses toscos, bem fáceis de desenhar, fácil de desenhar por que é fácil de aceitar o que é arrojado, juntamente com aqueles balõezinhos de falar das histórias em quadrinhos. Nosso boneco procura uma turma, deve estar se sentindo solitário, mas não muito, em seu balão, que aparece quando ele fala, contém o sinal de igual. O seu rosto está em branco, nenhuma expressão, em seguida ele caminha e vai se distanciando, olha uma turma ali, também bonecos sem rosto e enturmados, em seus balões, cada um com o seu, as palavras: "blá blá blá", ele se aproxima, para ao lado dessa turma, que fica em silêncio, os murmúrios cessam, os balões se apagam, nosso boneco "tlim", diz pelo seu balão o sinal de igual, "=", os outros respondem em uníssono "humpf", se sentindo rejeitado, mas não muito, nosso boneco vai embora, traça outra caminhada. Avista outra turma, que, dessa vez, estão conversando em dizeres "nhém nhém nhém", mais uma vez ele se aproxima, os outros silenciam, e "tlim" o seu sinal de "=", imediatamente seus interlocutores respondem assoviando e olhando pro alto (é importante que nesse momento ninguém tem rosto, são todos bonecos sem face, mas dá pra perceber pelo voluminho do perfil de uma boca), eles fingem que não veem nosso boneco de palitinho, eles que são bonecos de palitinho também, que segue em frente, fazer o quê? Avista mais uma turma, essa com os balõezinhos preenchidos de "lero-lero", nós nos aproximamos, a turma silencia, e "tlim" nosso sinal de igual dentro de nosso balãozinho, a resposta vem rápido "grrrrr", em um só balão, que significa que foi dito em uníssono. Andamos lentamente, meio que cansados, ao longe do caminho vimos outra turma, em que cada boneco com seu respectivo balão, diz e mostra "v", "e", "u", "o", "c", "e", nosso boneco vai se aproximando, a turma de bonecos varia seus ditos (o som pode ser de coral das vogais): agora dizem "o", "c", "e", "u", "e", "v"... Quando nosso boneco se aproxima desse agrupamento de bonecos todos silenciam, nenhum balão, então ele "tlim" seu sinal de "=" que se encaixa perfeitamente: "eu=você", as letras se encaixam, aparece cada rosto de cada boneco, nos bonecos surgem expressões em suas faces, cada um com a sua careta, vemos cada cara com careta individualmente, um pouco de festa, alegria, destaque para os dizeres, agora, "você=eu", logo após isso todos dizem, com o letreiro, "somos todos diferentes, mas iguais". Fim.

Boneco, rosto em branco avista uma turma que fala “blá blá blá”, se aproxima, diz o sinal de igual “=”, som, “tlim”, ouve “humpf”, se afasta, vai. O mesmo boneco avista outra turma que diz em grupo “nhém nhém nhém”, repete o sinal de igual “=”, som, “tlim”, vê todos virarem a cara e iniciarem um assovio olhando pro lado e/ou pra cima, se afasta, vai. O boneco avista mais uma turma que diz “lero-lero”, tenta mais uma vez e diz o sinal de igual “=”, som, “tlim”, ouve “grrrrr”, desanima, se afasta, vai. Com expressão de cansado avista uma turma que diz "v", "e", "u", "o", "c", "e", nosso boneco se aproxima, a turma de bonecos varia seus ditos (o som pode ser de coral das vogais): agora dizem "o", "c", "e", "u", "e", "v". O boneco diz “=”, som, “tlim”, eis que faz sentido, o igual se encaixa nas letras de cada boneco “eu=você”, varia um pouco, “você=eu”, cada boneco com uma careta, letreiro, "somos todos diferentes, mas iguais". Fim.

a mesma ideia simplificada:

Boneco, rosto em branco, máscara branca (acentuar a característica desumanizada), avista uma turma todos com rosto de máscaras iguais, eles dizem “blá blá blá”, o boneco se aproxima, diz o sinal de igual “=”, som, “tlim”, ouve deles “humpf”, se afasta, vai.

Boneco avista outra turma com outra máscara, todos a mesma máscara, dizendo em grupo “nhém nhém nhém”, repete o sinal de igual “=”, som, “tlim”, vê todos virarem a cara e iniciarem um assovio olhando pro lado e/ou pra cima, se afasta, vai.

O boneco avista mais uma turma, todos com a mesma face, que diz “lero-lero”, tenta mais uma vez, e diz o sinal de igual “=”, som, “tlim”, ouve “grrrrr”, desanima, se afasta, vai.

Com postura cansada avista uma turma (essa com cada um com uma máscara diferente), cada um que diz uma letra, "v", "e", "u", "o", "c", "e", nosso boneco se aproxima, a turma de bonecos varia seus ditos (o som pode ser de coral das vogais): agora dizem "o", "c", "e", "u", "e", "v". O boneco diz “=”, som, “tlim”, eis que faz sentido, o sinal de igual se encaixa nas letras de cada boneco e forma “eu=você”, o dizer varia um pouco, “você=eu”, todos os bonecos tiram as suas máscaras, cada boneco com uma careta diferente em suas caras de gente (humanizados), letreiro, "somos todos diferentes, mas iguais". Fim.

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um dia acho que transformo isso num conto, mesmo que fuja do adorado e hegemônico discurso da tevê...

domingo, 4 de setembro de 2011

romance

i.

Você vê? Tem coragem?
Quantos ainda serão atados?
Quando verá, não tem saída.
Controlo a vida, e controlo a sorte.
Não adianta ser forte, eu sou os dados.

Você crê? São paragens.
Sob mia mão serão esmagados.
Qualquer sonho, ou guarida.
Sou quem lida, no cruel fino corte,
Lhe empurrarei à morte, igual soldados.

Você sim, sem mensagens,
sem seus sonhos terminados,
todo poder, toda força, tudo nosso, sou Pollvosoxial, tudo posso.

ii.

Viva a voz ativa,
viva o que nos cativa,
viva o que canta a luz,
viva sem o capuz do carrasco

viva a voz altiva,
viva o som da Diva,
viva os céus azuis,
viva sem sangue, pus, sem asco

mas não viva a dor,
apenas o amor,
desculpe se seu coração,
me priva da dor, constelação de aço,
espaço, gelo, estupor.

Viva sem a raiva,
viva o que criva,
viva o feel blues
viva sem tristeza, viva sem “eu caço.”

iii.

céu, céu de brigadeiro,
estrelas iluminam minha tristeza,
a alma roubada, é seu o brigadeiro,
um doce, uma beleza,
um dia verás no cancioneiro
popular a história da festa.

mel, meu algum dinheiro,
querelas assinam minha tristeza,
a alma roubada, é seu o brigadeiro,
um mote, uma certeza,
e assim se forma um tabuleiro
para algum princípio que resta.

Réu, réu mas está inteiro,
apesar de qualquer a safadeza,
alma roubada, é seu o brigadeiro,
uma venda, que tristeza,
trocar deste modo por dinheiro
pela simples vontade da besta.

iv.

Queria você numa canção,
onde nos tornaríamos um só.
Faria você em uma ação,
e todo este poder dar um nó.

Uma memória de amor,
com flores de cores, capuzes de luzes,
ninhos de passarinhos, qualquer querer
que quer ver de mais uma vez sempre a ti

Daria asas a imaginação,
quando não teria nenhum dó.
Traria de uma longa estação,
como fênix, formar-te do pó.

Uma memória de amor,
com flores de cores, capuzes de luzes,
ninhos de passarinhos, qualquer querer
que quer ver de mais uma vez sempre a ti

v.

Se prenda, se esqueça, a renda é sua cabeça,
não compreenda, nem aqueça, uma esperança,
sua divina contenda é minha extravagância, nunca possuirá-lla, rode, rode, rode, esforço, fique aí no torso, se fores forte, sairá vivo, se fraco fores serás meu cativo...

Caias, sinta a vertigo
Nada para possuir
nada para segurar
não terás nada contigo
um chumbo sorrir
um choro cantar
não tens sequer amigo
para te ajudar
para te acudir
todos serão inimigos
mutilando, ferindo, nem abrigos
nem ir para algum lugar
nem ar para o fogo luzir.

vi.

Amor, quando te encontrar,
não desdenhe meu ingênuo Amor
deixe que desenhe em seu esplendor
o coração.
Alma, quando te encontrar,
sim inspire-se eterna Alma
deixe qual espírito meu que é calma
o coração.
Ama, quando te encontrar,
talvez eu sonhe, sou quem te Ama
deixe quão sem número de um drama
no coração.
No coração.
No coração.

vii.

Se você é inocente, então prove.
Se você é inteligente, então prove.
Se é gente, então prove!
Prove sua limpeza.
Se você não é amado, então prove.
Se você não é um coitado, então prove.
Senão beba do pó, prove!
Prove do veneno de rato!
Prove de todo maltrato!
Prove de fruto proibido!
Prove sim desta libido!
Se fores fingido, então está bom.
Se fores um bandido, então está bom.
Se for crido, então está bom.
Prove do poder total.
Seja bom: seja mal.

viii.

Disque disque disque trim trim
ela diz a ele, ele diz a ela, nada se checa
ninguém algo contesta
bem pregam o mal em qualquer testa
Ti ti ti ti ti ti zum zum
ele fala-lhe, ela venera, tudo é o que era
alguém nada a desdizer
mal, para que o bem quererão fazer
Bla bla bla bla bla bla qua qua
se não existe verdade, a vida é uma festa
não há nenhum compromisso
prosseguindo assim será sempre o que era

e não nos envergonhamos!
o que é uma safadezazinha!
Se não há consequências!
Somente mente com decência!
Apenas penas nós julgamos!
Para as pessoas pobrezinhas...

Disque disque disque trim trim
ela diz a ele, ele diz a ela, nada se checa
ninguém algo contesta
bem pregam o mal em qualquer testa
Ti ti ti ti ti ti zum zum
ele fala-lhe, ela venera, tudo é o que era
alguém nada a desdizer
mal, para que o bem quererão fazer
Bla bla bla bla bla bla qua qua
se não existe verdade, a vida é uma festa
não há nenhum compromisso
prosseguindo assim será sempre o que era


ix.

Meu Líder, sabe o bom, o melhor
sabe separar o joio do trigo
à Cezar o que é de Cézar
à Deus o que é de Deus.
Aos descendentes, os céus na terra.
Tens todos os carinhos meus
Tens todos os carinhos meus
Meu Líder, sabe o tom, sim senhor
sabe retirar dos olhos o cisco
à Cézar o que é de Cézar
ao fisco o que é do fisco.
Condescendentes com paz na terra.
Tens todos os carinhos meus
Tens todos os carinhos meus

x.

Estão correndo os dados,
teu tempo está acabando,
nada és, não tens nada,
nunca serás neste caminho.
Ser não é algo importante,
Ser algo não é importante.

Esta contenda de amados,
conhecer-se mais brando,
tudo és, farás tudo,
construindo com carinho.
Ter não é algo importante,
Importante é algo não ter.

Estar perdendo os jogos,
E segue se superando,
Fogo traz, luz dos fogos,
Até saber o caminho.
Ver tudo que está distante,
Distante está o que se quer.

xi.

Olha para mim e brilha...

@ Aquele que eu amo,
acha dominar a situação,
eu preciso de um acessório,
eu preciso de segurança,
bolsa ou animal de estimação
ele sempre será uma criança,

Olha para mim e brilha...

! Aquele que eu amo,
chega cantando uma canção,
e não me leva nada ilusório,
e não me levando a um encanto,
deixo ele acreditar na ilusão
de me embalar com seu canto.

Olha para mim e brilha...

~ Aquele que eu amo,
presta sempre muita atenção,
e traz enredos, contos simplórios,
sempre coisas alegres, sem pranto,
rio mais dele que da narração,
quero é amar em qualquer canto.

Olha para mim e brilha...
Meu amor poder ser total...
Escuridão assim é fatal,
Eu nunca percorri esta trilha.

xii.

LÁ VAI ELE, O PROSCRITO
FINGE INOCÊNCIA, ESTÁ NA CARA
DESOBEDECEU TODO O RITO
QUIS SER UMA PERSONALIDADE RARA
FEZ POUCO CASO DO MITO

SER ASSIM É COISA MUITO CARA
É CARÍSSIMO, CARA!

LÁ VAI ELE, O PROSCRITO
MISTER A OBEDIÊNCIA, NÃO VIRE A CARA
PARA NÓS ÉS COMO UM MOSQUITO,
QUE QUALQUER MÃO ESMAGARA
NÃO ADIANTA FANIQUITO.

SER ASSIM É COISA MUITO CARA
É CARÍSSIMO, CARA!

LÁ VAI ELE, O PROSCRITO
INFAME IMPRUDÊNCIA, QUE DESMASCARA
NUNCA ALGUÉM FOI MAIS ESQUISITO
DE TUDO ISTO QUEM SARA?
DESMASCARA ESQUISITO!

xiii.

Sem saber veio a fogueira
Para crimes imaginários...
Como podem falar da igreja?
Se igual vocês julgaram?
Como vem falar de justiça,
Se vocês comem carniça,
Se vocês nunca amaram.

ESTOU DE SACO CHEIO DE SANGUE MEU AMOR
EIRA ÁRIOS EJA ARAM IÇA ÇA ARAM OR OR...

Em um papo sem eira ou beira
São sublimes nunca otários...
Pois quando vem a benfazeja,
É a mesma que mataram,
Algo maior em vocês atiça,
Um nova e negra missa,
O cifrão idolatraram

ESTOU DE SACO CHEIO DE SANGUE MEU AMOR
EIRA ÁRIOS EJA ARAM IÇA ÇA ARAM OR OR...

E um dia numa cordilheira,
É certo verei caminhos vários
Minha vontade que deseja,
A mulher que afastaram,
Tua engrenagem enguiça,
Enquanto ela enfeitiça.
Sem saber nos juntaram...

ESTOU DE SACO CHEIO DE SANGUE MEU AMOR
EIRA ÁRIOS EJA ARAM IÇA ÇA ARAM OR OR...

xix.

Aquilo que se quer
Não se consegue sem buscar
mesmo que o acaso traga
o espírito preparado para amar
É nada, não é tudo, falei e fiquei muda
A cada vaga de mágoa ou cada muda de rosa
que mudo você me trouxe em sonhos.
Aquilo que se quer
Não se encontra em um lar
a esmo qual ocaso ou vaga
em coração tão louco por amar
É nada, não é tudo, falei e fiquei muda
A cada vaga de mágoa ou cada muda de rosa
que mudo você me trouxe em sonhos.
Aquilo que se quer
Está na canção que traz o mar
a água ensinando a saga
de se saber no seu interior nadar
É nada, não é tudo, falei e fiquei muda
A cada vaga de mágoa ou cada muda de rosa
que mudo você me trouxe em sonhos.