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quinta-feira, 30 de junho de 2011
o morcego e o graal
tenho o costume contente
de beber chumbo quente
comer na prata da casa
a asa de um morcego
morcego
morcego
tenho costumo no duro
de retirar do escuro
noturno centro da noite
um pote de ouro puro
morcego
morcego
de beber chumbo quente
comer na prata da casa
a asa de um morcego
morcego
morcego
tenho costumo no duro
de retirar do escuro
noturno centro da noite
um pote de ouro puro
morcego
morcego
hey, sr. fanta
a surra
o porrete
a intimidação
quando vale-tudo
quando a competição
extrapola a esfera
do trabalho
do serviço
do produto
e passa a ser
pura e simplesmente
intriga,
ou, para os expertos:
relacionamento
assim se comemora
a dessagração de famílias,
a desintegração de pessoas,
a destruição de instituições,
tudo por que existem
berços, bens e brigas
o porrete
a intimidação
quando vale-tudo
quando a competição
extrapola a esfera
do trabalho
do serviço
do produto
e passa a ser
pura e simplesmente
intriga,
ou, para os expertos:
relacionamento
assim se comemora
a dessagração de famílias,
a desintegração de pessoas,
a destruição de instituições,
tudo por que existem
berços, bens e brigas
nada a declarar
estou inteiro
sou maluco
sou bandido
sou vagabundo
sou puta
no bom e no mal
sentido
que o só-coisas-boas
não me venha
restringir
com sua
insuficiência
sou maluco
sou bandido
sou vagabundo
sou puta
no bom e no mal
sentido
que o só-coisas-boas
não me venha
restringir
com sua
insuficiência
eu
quantas vezes se escondeu para fugir
daquilo que você mesmo fez surgir
nada agora nos restou
e o que era pouco já se acabou
não diga que não há caminho para seguir
porque sempre uma nova idéia irá surgir
no mesmo horizonte estranho
em que um dia você se perdeu
quem sabe é nesse lugar
que se conhece o seu próprio eu
quem sabe é nesse lugar
que se conhece o seu próprio eu
daquilo que você mesmo fez surgir
nada agora nos restou
e o que era pouco já se acabou
não diga que não há caminho para seguir
porque sempre uma nova idéia irá surgir
no mesmo horizonte estranho
em que um dia você se perdeu
quem sabe é nesse lugar
que se conhece o seu próprio eu
quem sabe é nesse lugar
que se conhece o seu próprio eu
segunda-feira, 27 de junho de 2011
o idiota vidrado
a mídia, a mesmice ensimesmada,
lhe digo, minha amiga, meu amigo,
não seja um midiotizado,
mais um hipnotizado.
lhe digo, minha amiga, meu amigo,
não seja um midiotizado,
mais um hipnotizado.
ser e nada
em frente ao edifício residencial, no chão do asfalto, uma declaração de amor, pixada em tinta branca, legível, sobrescrita e assinada, passam carros que não cansam de atropelá-la, mas que nada, que bonita, uma serenata gráfica.
adversários
o medo do silêncio é o medo da morte,
mergulho no silêncio profundo e fecundo,
para a morte que aduba a terra na qual nasce a planta,
o coletivo de um mito
tudo é uma mentira,
que eu minta também
o medo, a raiva e a tristeza
de dimensões alucinantes
só a humildade pode com ela,
uma humildade que de tão imensa não pode ser humilde...
aquela de que nunca serei capaz.
adeus, heróis mortos,
mártires do nada
satanás pede asilo,
que não seja entre os monoteístas,
os reis da derrogação
mergulho no silêncio profundo e fecundo,
para a morte que aduba a terra na qual nasce a planta,
o coletivo de um mito
tudo é uma mentira,
que eu minta também
o medo, a raiva e a tristeza
de dimensões alucinantes
só a humildade pode com ela,
uma humildade que de tão imensa não pode ser humilde...
aquela de que nunca serei capaz.
adeus, heróis mortos,
mártires do nada
satanás pede asilo,
que não seja entre os monoteístas,
os reis da derrogação