sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Biopoder e Psiquiatria hoje

Existe basicamente duas maneiras da sacrossanta psiquiatria tratar os enfermos, a psicanáise que é aquela que acredita que a loucura é um fenômeno de linguagem, e a cognitivo/comportamental que é aquela que acredita que o psiquiatrizado deve ser transformado em outra pessoa (!)

OBS.: Compilação de tweets da série "Biopsiquiatria Hoje"

1. restabelecer a saúde está em desuso, vender, comprar e fazer consumir medicamentos é só o que se faz...
2. qualquer um pode ser internado por quebrar um copo, melhor maneira de censurar hoje, não é "não tenho nada com isso"
3. a prática psiquiátrica é tão secreta que é impossível questionar uma internação fútil, também não há como defendê-la
4. violência (nos outros) é valida em nome da "saúde" e da "ciência"
5. o garoto vai mal na escola, não estuda com mais afinco, toma ritaline, não é mais questão disciplinar, é genética(!)
6. tratamento = comprimidos
7. a história da pessoa entra por um ouvido e sai pelo outro do psiquiatra
8. a vida que era domínio dos artistas e poetas agora é dos psiquiatras, aqueles estão ensimesmados no próprio umbigo
9. nenhum compromisso com o aperfeiçoamento da comunidade humana (valores humanos, vida e voz interior)
10. não considera a função da linguagem na existência da loucura, falsa projeção de que remédios dão conta de tudo
11. a situação psicossocial é ignorada
12. remédios como instrumento de controle social
13. poderosos interesses da indústria farmacêutica
14. tendência de se medicalizar tudo
15. gestão faramacológica de problemas em pessoas comuns
16. criação de tendência de consumo desecessários de medicamentos
17. novo colonialismo, colonizando o corpo humano, agora se colonizam as pessoas, crianças e adultos
18. utopia da saúde pefeita
19. categorização das pessoa pelos gens que possui
20. total apoio da mídia corporativa
21. pessoa que age pelos própios referenciais se vê órfã de apoio social, ou se sujeita às padronizações, ou se está só
22. não conseguindo atender emocional/te às situações se recorre às drogas que são soluções (lícitas ou não e médicas)
23. fantasia (sensação) de domínio de si perante os desafios do cotidiano
24. irresponsabilidade da sociedade em relação à doença mental (contexto psicossocial)
25. transferência da responsabilidade da sociedade em relação a doença mental para os fármacos
26. anulação da espontâneidade
27. incapazes agora são os que não têm saúde
28. a perda da saúde é culpa da pessoa que a perdeu, ela é a única responsável por não ter podido mantê-la
29. quem não se encaixa nos padrões de perfeição corporal e espiritual é considerado "de vontade fraca"
30. acredita-se que as pessoas merecem as doenças que contraem (!)
31. doentes são alvo de repulsa moral e ostracismo social
32. ninguém tem mais sentimentos, agora o que se tem são serotonina, dopamina, dosagem de medicamentos, etc..
33. remédios para se ter e manter a identidade pessoal (!)
34. tentativa de impedir a profusão de novos territórios existenciais (controle)
35. interrupção dos processos de subjetivisação
36. identidade não pode mais existir
37. as pessoas não são mais pessoas, na psiquiatria genética, elas são apenas sintomas: o doente passa a ser a doença
38. biopoder, individualizar de acordo com a exigência do poder ou dar uma indentidade preconcebida, um rótulo
39. a indústria farmacêutica cria um medicamento, então a Sociedade Americana de Psiquiatria cria uma doença para ele
40. psiquiatras se gabam de recursos bioquímicos, mas não possuem um exame bioquímico que verifique a doença mental
41. a psiquiatria biológica não considera o aperfeiçoamento e auto-aperfeiçoamento da pessoa, só o medicamento corrige
42. direitos à personalidade são atropelados na prática desses consultório e na economia dessa indústria farmacêutica
43. psiquiatras em nome da saúde e da medicina têm carta branca para ferir direitos à personalidade
44. não sustenta a democracia
45. drogas que prejudicam o pensamento interior, os loucos não têm o direito de pensar, para os médicos isso não existe
46. o risco da eugenia
47. analfabetismo das emoções, remédios cuidam de tudo

chamar os outros de louco dá a ilusão ao agressor de ser dono da outra pessoa.


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